Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 1 ‐ Horário: 13:37‐13:42 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: A Aids é uma doença complexa que envolve, além de aspectos fisiopatológicos, questões psicossociais, como o enfrentamento de estigmas, medos e preconceitos. No primórdio da disseminação da síndrome, o número de homens afetados excedia notavelmente o número de mulheres. Na contemporaneidade, entretanto, a quantidade de mulheres infectadas cresceu consideravelmente, quase se equipara à proporção de indivíduos do sexo masculino portadores do vírus. A vulnerabilidade feminina associada às novas características epidemiológicas do HIV/Aids torna esse grupo mais propenso a desenvolver alterações relacionadas à qualidade de vida.
Objetivo: Averiguar as alterações na qualidade de vida de mulheres portadoras de HIV/Aids.
Metodologia: Estudo transversal descritivo, que usou o questionário WHOQOL‐HIV BREF, para investigar a qualidade de vida de mulheres portadoras de HIV/Aids que frequentam o Ambulatório de Infectologia do Hospital Escola Emílio Carlos, da Fundação Padre Albino, de Catanduva, SP. Esse questionário contempla os domínios ambiental, espiritual, físico, nível de independência e relações sociais dos indivíduos. Foram selecionadas aleatoriamente 30 mulheres de 305 pacientes soropositivas para HIV, maiores de 18 anos. A ferramenta estatística usada foi a Anova.
Resultado: As 30 mulheres entrevistadas apresentavam‐se assintomáticas na data da entrevista. A faixa etária predominante foi entre 46 e 50 anos, as idades mínima e máxima, respectivamente, foram de 30 e 62 anos. Os modos de contágio encontrados foram sexo com homem (90%) e derivados de sangue (3,33%); 6,67% das mulheres não souberam informar. Quanto ao período do primeiro teste HIV positivo, prevaleceu 2000 a 2009, o mais antigo era de 1989 e o mais recente, de 2012. Sobre as questões, 90,3% tiveram respostas acima da média, as quais podiam variar de 1 a 5. Pela ferramenta Anova, não foi verificada diferença significativa entre os domínios.
Discussão/conclusão: Os resultados deste estudo sugerem que as pacientes têm uma boa qualidade de vida, já que a maioria das questões obteve média de respostas elevada. Os possíveis fatores que corroboram para tal resultado são ausência de sintomatologia, tempo de diagnóstico superior a seis anos e acesso das pacientes à equipe multiprofissional disponibilizada pelo serviço de atendimento do hospital.