Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 1 ‐ Horário: 13:30‐13:35 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: A HIV/Aids continua a ser uma pandemia mundial, a qual deixa seus portadores extremamente vulneráveis a outras doenças. Mesmo após o uso da terapia antirretroviral, o número de óbitos por doenças oportunistas continua a crescer. Entre as infecções oportunistas se destacam a pneumocistose e a tuberculose pulmonar atípica ou disseminada e nas neoplásicas, o sarcoma de Kaposi e o linfoma não Hodgking.
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por doenças oportunistas de pacientes com HIV/Aids, no Estado da Bahia, de 2007 a 2016.
Metodologia: Estudo descritivo, observacional, com dados agregados e secundários. Foram usados dados de óbitos por HIV/Aids no Estado da Bahia, obtidos no banco de dados do SIM de 2007 a 2016.
Resultado: Foram notificados 5.339 óbitos por doenças oportunistas, com 53,8% dos casos concentrados na Região Leste. As notificações foram mais frequentes no sexo masculino, variaram de 64,8% na “linha d” a 66% na “linha c”, quando comparado ao sexo feminino, que variou de 33,6% na “linha c” a 35,2 na “linha d”. A faixa etária mais acometida foi a de adultos de 35 a 49 anos, variou de 46,7% na “linha a” a 48,2% na “linha b”. Quanto às linhas da declaração de óbito, a causa final de morte mais frequente foi a sepse, correspondeu a 56,8% do total presente na “linha a” deste documento.
Discussão/conclusão: As infecções oportunistas continuam a ser um problema grave no Estado da Bahia. A Região Leste detém o maior número de mortes, pois compreende Salvador. Os homens procuram menos os serviços de saúde do que as mulheres, corroboram o fato de o sexo masculino apresentar o maior número de óbitos. A faixa de 35 a 49 anos foi a mais acometida, provavelmente por causa do tempo de latência do vírus, uma vez que essas pessoas devem o ter adquirido quando eram mais jovens. Ao fazer análise da “linha a”, a sepse foi a mais frequente, o que pode ser explicado pelo princípio de que apesar dos programas de prevenção presentes no país, os diagnósticos de pacientes com HIV/Aids continuam a ser tardios, quando apresentam alguma infecção oportunista necessitam de internamento. Houve um aumento no número de óbitos por doenças oportunistas na Bahia de 2007 a 2016, o que aponta para a necessidade de maior atenção e investimento em métodos de diagnóstico e adesão de tratamento da HIV/Aids com o intuito de minimizar esse quadro.