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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 113 (December 2018)
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Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 113 (December 2018)
EP‐153
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INFLUÊNCIA DA REVELAÇÃO DIAGNÓSTICA E DO SUPORTE RECEBIDO NA ADESÃO TERAPÊUTICA EM INDIVÍDUOS INFECTADOS PELO HIV POR TRANSMISSÃO VERTICAL
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Beatriz Gomes Rodrigues, Priscila T. Julião Souza, Lenice do Rosário Souza
Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Botucatu, SP, Brasil
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Ag. Financiadora: Pibic

N°. Processo: 46427

Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 1 ‐ Horário: 13:44‐13:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: Adesão à terapia antirretroviral (TARV) depende de fatores ligados à própria medicação, do modo como o indivíduo entende a doença e do suporte recebido.

Objetivo: Entender aspectos relacionados à revelação diagnóstica e questões do acompanhamento de saúde de portadores do HIV, adquirido por transmissão vertical.

Metodologia: Foram entrevistados 22 pacientes que fazem acompanhamento em um serviço de referência no interior de São Paulo, com base em questionário semiestruturado.

Resultado: Do total, 95,4% faziam acompanhamento regular no Serviço, 59% eram mulheres, as idades variaram de 10 a 34 anos e 59% tinham 20 anos ou mais. Os principais sentimentos após a revelação diagnóstica foram medo (25,8%), tristeza (18,2%), raiva (18,2%) e nada (45,4%); 9% não lembravam o que sentiram. O número de episódios de doenças oportunistas durante a vida foi de pelo menos um em 81,7% e nenhum em 18,3%. Houve dificuldades de adesão à TARV em 63,3%, 57,1% na infância, 28,6% na adolescência e 28,6% na idade adulta. Essas foram relatadas por 100% dos pacientes que sentiram medo ou raiva após revelação diagnóstica, em contraste com 50% dos que não lembravam o tipo de sentimento ou nada sentiram, somados aos que sentiram tristeza. As principais causas de dificuldades de adesão na infância foram gosto ruim e náuseas (57% cada); na adolescência, raiva por ter a doença (75%) e, na idade adulta, gosto ruim (40%).

Discussão/conclusão: Apesar do acompanhamento regular, a maioria apresentou pelo menos um episódio de doença oportunista durante a vida, o que mostra que outros aspectos influenciam a plena adesão. Na infância, é necessária colaboração entre a equipe e a família, para que a criança entenda a importância de tomar medicamentos com possíveis efeitos colaterais, mesmo sem saber o diagnóstico. A adolescência traz entendimento melhor da doença, podem estar associadas vitimização e raiva dos pais, o que pode favorecer o abandono da TARV, caso não seja dado suporte psicológico individualizado. Pode‐se considerar a reação no momento da revelação diagnóstica para saber quem precisa de mais apoio: aqueles que não lembram o que sentiram, sentiram apenas tristeza ou não sentiram nada apresentaram, durante a vida, melhor adesão à TARV do que os que tiveram sentimentos de medo ou raiva. Se identificado esse último grupo, a equipe deve atentar‐se à possível necessidade de maior suporte e acompanhamento psicológico para evitar futuro abandono da medicação e desenvolvimento de doenças oportunistas.

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