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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 261
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O IMPACTO DA PANDEMIA POR COVID-19 NA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA PARA OS GRAM NEGATIVOS EM AMBIENTE HOSPITALAR
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1999
Miguel de Melo Desiderio, Jose de Ribamar Barroso Juca Neto, Felipe Barreto Reis, Maria Gabriela de Vasconcelos Romero, Marina Feitosa de Castro Aguiar, Isaac Dantas Sales Pimentel, Daniel Freire de Figueirêdo Filho, Ana Carolina Oliveira Cavalcante, Gabriel Oliveira Cavalcante, Franklin Santos, Larissa Pinheiro Barbosa, Ariany Claúdio Lima Mota, Rafael Vilanova Coelho, Melissa Soares Medeiros
Unichristus, Fortaleza, CE, Brasil
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Introdução/Objetivo

A multirresistência bacteriana é particularmente comum em bacilos Gram-negativos (BGN), com importantes consequências clínicas quanto à sua disseminação e opções de tratamento. O objetivo deste estudo foi investigar a tendência de BGN multirresistentes (BGN-MR) em departamentos hospitalares de alto risco, entre 2016-2021, com o intuito de detectar alterações do perfil de sensibilidade que possam ter sido impactadas pela Pandemia por Covid-19.

Métodos

Este é um estudo observacional retrospectivo realizado em departamentos de uma unidade terciária de saúde no Nordeste/Brasil. MDR foi definido como resistência adquirida a pelo menos um agente em três ou mais categorias de antimicrobianos. Avaliados 5 anos de perfil microbiológico que englobaram os anos de 2020 e 2021 da Pandemia.

Resultados

Os Gram negativos mais prevalentes da instituição são: E. coli, K. pneumoniae e P. aeruginosa. Em 2021, as hemoculturas positivas (N = 300) evidenciaram: 10,6% de P. aeruginosa, 6,3% de K. pneumoniae e 3,3% de E. coli. Nas amostras de secreção respiratória (N = 328): 36,6% de P. aeruginosa, 12,2% de K. pneumoniae e 18,9% de Acinetobacter baumannii. De 2016 a 2021 observamos, respectivamente, um decréscimo de sensibilidade para E. coli da Ciprofloxacina (50%, 74%, 73,9%, 69,2%, 59,2% e 58%), da Piperacilina/tazobactam (100%, 78%, 97,8%, 96,1%, 100% e 91,7%) e mantida sensibilidade para Ertapenem (100%, 81%, 97,7%, 97,4%, 100% e 98,8%) e Meropenem (100%, 33%, 100%, 98,7%, 100% e 98,8%). Para P. aeruginosa observamos decréscimo da sensibilidade para Amicacina (95%, 83%, 81,8%, 85,1%, 81,8% e 75,4%), Piperacilina/tazobactam (55%, 67%, 65,2%, 68%, 81,2% e 33%), Meropenem (65%, 54%, 69,5%, 55,3%, 75,7% e 37%) e polimixina B (100%, 91%, 100%, 91,7%). Para K. pneumoniae detectamos: decréscimo da sensibilidade para Amicacina (100%, 86%, 95,2%, 76,7%, 90,9% e 81,5%), Piperacilina/tazobactam (55,5%, 41%, 50%, 52%, 63,6% e 11,2%), Meropenem (77,7%, 59%, 95,2%, 63%, 87,8% e 14,2%) e polimixina B (100%, 90%, 90,9%, 76,2%).

Conclusão

A pandemia pela Covid-19 teve correlação direta com aumento da resistência aos gram negativos mais prevalentes em ambientes hospitalares, particularmente na sensibilidade de P. aeruginosa e K. pneumoniae aos carbapenens e polimixina. O uso racional de antimicrobianos e políticas de controle de utilização dos mesmos são estratégias essenciais para preservar opções para o futuro.

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