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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 260
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O DESAFIO DO TRATAMENTO DE MENINGITES RELACIONADAS À NEUROCIRURGIA POR GRAM NEGATIVOS EM UM HOSPITAL NEUROCIRÚRGICO
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Silvia Thees Castroa, Viviane Leni Silva Berquóa, Ana Carla Rocha Pereirab, Raquel Batista Simõesa, José Augusto Adler-Pereirac, Eduardo Almeida Ribeiro de Castroc
a Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Centro Universitário Gama e Souza, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

As meningites relacionadas às neurocirurgias causadas por bactérias Gram-negativas (BGN), especialmente resistentes aos carbapenêmicos, são complicações com alta letalidade. O tratamento dessas infecções é complexo devido ao aumento da resistência aos antimicrobianos, associada à limitação de drogas que atinjam concentração adequada em sistema nervoso central.

Objetivo

Descrever os aspectos epidemiológicos e avaliar a segurança do uso empírico do meropenem para o tratamento das meningites pós neurocirúrgicas causadas por bactérias Gram negativas e descrever a letalidade dessas infecções. Material e métodos: Este é um estudo prospectivo, realizado entre dezembro de 2013 a agosto de 2021, em um hospital especializado em neurocirurgia, com 37 leitos para pacientes adultos. Para o diagnóstico de meningites relacionadas às neurocirurgias foram utilizados os critérios da ANVISA.

Resultados

Foram detectados 25 casos de meningite por BGN. A mediana de idade dos pacientes foi de 55 anos (22-75 anos), com ligeiro predomínio do sexo feminino (14/25). A principal patologia relacionada a esta complicação foi hemorragia subaracnóidea, ocorrida em 52% dos casos (13/25). Em 15 pacientes (60,0%) a meningite foi relacionada a um dispositivo ventricular. A terapêutica empírica inicial foi meropenem associado a vancomicina em 24 casos. Em 15 pacientes (62,5%) o espectro de ação deste tratamento foi adequado e neste grupo ocorreram quatro óbitos (26,6%). Em seis casos (25%) a terapêutica inicial foi inadequada e neste grupo houve quatro óbitos (66,7%).

Conclusão

A literatura recomenda para o tratamento empírico das meningites relacionadas a neurocirurgia o uso de uma cefalosporina com ação anti pseudomonas ou meropenem associados com vancomicina. No entanto a emergência da resistência aos carbapênemicos torna o tratamento destas infecções desafiador. Na nossa casuística esse esquema foi inadequado em 37,5% dos casos (6/24) e neste grupo houve quatro óbitos . É necessário o desenvolvimento de novas opções terapêuticas com boa penetração em sistema nervoso central para o tratamento de infecções por Gram negativos.

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