TY - JOUR T1 - O IMPACTO DA PANDEMIA POR COVID-19 NA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA PARA OS GRAM NEGATIVOS EM AMBIENTE HOSPITALAR JO - The Brazilian Journal of Infectious Diseases T2 - AU - Desiderio,Miguel de Melo AU - Neto,Jose de Ribamar Barroso Juca AU - Reis,Felipe Barreto AU - Romero,Maria Gabriela de Vasconcelos AU - Aguiar,Marina Feitosa de Castro AU - Pimentel,Isaac Dantas Sales AU - Filho,Daniel Freire de Figueirêdo AU - Cavalcante,Ana Carolina Oliveira AU - Cavalcante,Gabriel Oliveira AU - Santos,Franklin AU - Barbosa,Larissa Pinheiro AU - Mota,Ariany Claúdio Lima AU - Coelho,Rafael Vilanova AU - Medeiros,Melissa Soares SN - 14138670 M3 - 10.1016/j.bjid.2021.102257 DO - 10.1016/j.bjid.2021.102257 UR - https://bjid.org.br/en-o-impacto-da-pandemia-por-articulo-S1413867021007261 AB - Introdução/ObjetivoA multirresistência bacteriana é particularmente comum em bacilos Gram-negativos (BGN), com importantes consequências clínicas quanto à sua disseminação e opções de tratamento. O objetivo deste estudo foi investigar a tendência de BGN multirresistentes (BGN-MR) em departamentos hospitalares de alto risco, entre 2016-2021, com o intuito de detectar alterações do perfil de sensibilidade que possam ter sido impactadas pela Pandemia por Covid-19. MétodosEste é um estudo observacional retrospectivo realizado em departamentos de uma unidade terciária de saúde no Nordeste/Brasil. MDR foi definido como resistência adquirida a pelo menos um agente em três ou mais categorias de antimicrobianos. Avaliados 5 anos de perfil microbiológico que englobaram os anos de 2020 e 2021 da Pandemia. ResultadosOs Gram negativos mais prevalentes da instituição são: E. coli, K. pneumoniae e P. aeruginosa. Em 2021, as hemoculturas positivas (N = 300) evidenciaram: 10,6% de P. aeruginosa, 6,3% de K. pneumoniae e 3,3% de E. coli. Nas amostras de secreção respiratória (N = 328): 36,6% de P. aeruginosa, 12,2% de K. pneumoniae e 18,9% de Acinetobacter baumannii. De 2016 a 2021 observamos, respectivamente, um decréscimo de sensibilidade para E. coli da Ciprofloxacina (50%, 74%, 73,9%, 69,2%, 59,2% e 58%), da Piperacilina/tazobactam (100%, 78%, 97,8%, 96,1%, 100% e 91,7%) e mantida sensibilidade para Ertapenem (100%, 81%, 97,7%, 97,4%, 100% e 98,8%) e Meropenem (100%, 33%, 100%, 98,7%, 100% e 98,8%). Para P. aeruginosa observamos decréscimo da sensibilidade para Amicacina (95%, 83%, 81,8%, 85,1%, 81,8% e 75,4%), Piperacilina/tazobactam (55%, 67%, 65,2%, 68%, 81,2% e 33%), Meropenem (65%, 54%, 69,5%, 55,3%, 75,7% e 37%) e polimixina B (100%, 91%, 100%, 91,7%). Para K. pneumoniae detectamos: decréscimo da sensibilidade para Amicacina (100%, 86%, 95,2%, 76,7%, 90,9% e 81,5%), Piperacilina/tazobactam (55,5%, 41%, 50%, 52%, 63,6% e 11,2%), Meropenem (77,7%, 59%, 95,2%, 63%, 87,8% e 14,2%) e polimixina B (100%, 90%, 90,9%, 76,2%). ConclusãoA pandemia pela Covid-19 teve correlação direta com aumento da resistência aos gram negativos mais prevalentes em ambientes hospitalares, particularmente na sensibilidade de P. aeruginosa e K. pneumoniae aos carbapenens e polimixina. O uso racional de antimicrobianos e políticas de controle de utilização dos mesmos são estratégias essenciais para preservar opções para o futuro. ER -