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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 057
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FATORES PREDITORES DO DIAGNÓSTICO DE COVID-19 EM INDIVÍDUOS AVALIADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE FORTALEZA - DADOS PRELIMINARES
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Roseline Carvalho Guimarãesa, Jeová Keny Baima Colaresa, Liêver Moura de Oliveiraa, Geysa Maria Nogueira Fariasa, Kilma Wanderley Lopes Gomesa, Ana Lara Guerra Barbosaa, Glaura Fernandes Teixeira de Alcântaraa, Eduardo Cesar Teixeira Sirenaa, Jéssica Alencar Fernandesb, André Luís Benevides Bomfimb, Danielle Malta Limaa, Bárbara Matos de Carvalho Borgesa, Leonardo Barros Bastosa
a Universidade de Fortaleza (Unifor), Fortaleza, CE, Brasil
b Unidade de Atenção Primária à Saúde Mattos Dourado, Prefeitura Municipal de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

A pandemia de COVID-19 representa o maior desafio de saúde pública do último século. A atenção primária à saúde (APS) deve ser a porta de entrada dos usuários. A detecção precoce dos casos suspeitos, seguidos de medidas de isolamento e monitoramento, são fundamentais para o controle. Os métodos diagnósticos específicos costumam ser pouco acessíveis, com resultados demorados. Existem poucos estudos avaliando a acurácia do diagnóstico clínico na APS. O estudo objetiva identificar na primeira semana de sintomas as características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais preditoras do diagnóstico de COVID-19.

Método

Dados preliminares de coorte prospectiva iniciada em março/2021 em unidade de APS, envolvendo indivíduos com idade mínima de 18 anos, com até 7 dias de sintomas sugestivos de COVID-19. Variáveis epidemiológicas, clínicas e laboratoriais foram obtidas no recrutamento. Diagnóstico determinado pela detecção do SARS-CoV-2 (RT-PCR) em amostra de swab nasofaríngeo.

Resultados

Até setembro de 2021 foram incluídos 112 participantes com idade de 39 (IIQ: 29,6-48,6) anos, sendo 69 (65,2%) do sexo feminino. Foi diagnosticado COVID-19 em 36 (32,1%) indivíduos. As características epidemiológicas associadas com o diagnóstico de COVID-19 foram escolaridade (p = 0,002) e tabagismo (RR 1,42; IC 95% 1,13-1,80). As variáveis clínicas associadas com o diagnóstico foram a presença dos critérios da OMS I (febre e tosse) (1,97; 1,18-3,29) e III (anosmia ou disgeusia) (2,14;1,26-3,55), além de artralgia (1,86; 1,08-3,23), anosmia (2,22; 1,34-3,66) e disgeusia (2,07; 1,25-3,48). Curiosamente, os níveis séricos de creatinofosfoquinase (CPK) esteve inversamente associado ao diagnóstico (p = 0,022). Indivíduos com diagnóstico confirmado tiveram maior probabilidade de hipoxemia (p = 0,006) e necessidade de suplementação de O2 nos 28 dias de seguimento (p = 0,035). O diagnóstico clínico-epidemiológico mostrou baixa capacidade de identificar os casos de COVID-19, reforçando a importância do acesso aos métodos diagnósticos na APS. Estudos realizados na APS poderão desenvolver conhecimento que permita otimizar as medidas de vigilância e assistência, favorecendo o controle da pandemia.

Conclusão

As variáveis preditoras mais úteis no diagnóstico de COVID-19 foram os critérios diagnósticos da OMS, a presença de artralgia, anosmia e disgeusia, além de níveis mais baixos da enzima CPK. Estudos mais aprofundados são necessários para aprimorar o enfrentamento da pandemia na APS.

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