TY - JOUR T1 - FATORES PREDITORES DO DIAGNÓSTICO DE COVID-19 EM INDIVÍDUOS AVALIADOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE FORTALEZA - DADOS PRELIMINARES JO - The Brazilian Journal of Infectious Diseases T2 - AU - Guimarães,Roseline Carvalho AU - Colares,Jeová Keny Baima AU - de Oliveira,Liêver Moura AU - Farias,Geysa Maria Nogueira AU - Gomes,Kilma Wanderley Lopes AU - Barbosa,Ana Lara Guerra AU - de Alcântara,Glaura Fernandes Teixeira AU - Sirena,Eduardo Cesar Teixeira AU - Fernandes,Jéssica Alencar AU - Bomfim,André Luís Benevides AU - Lima,Danielle Malta AU - Borges,Bárbara Matos de Carvalho AU - Bastos,Leonardo Barros SN - 14138670 M3 - 10.1016/j.bjid.2021.101793 DO - 10.1016/j.bjid.2021.101793 UR - https://bjid.org.br/en-fatores-preditores-do-diagnostico-de-articulo-S1413867021002622 AB - IntroduçãoA pandemia de COVID-19 representa o maior desafio de saúde pública do último século. A atenção primária à saúde (APS) deve ser a porta de entrada dos usuários. A detecção precoce dos casos suspeitos, seguidos de medidas de isolamento e monitoramento, são fundamentais para o controle. Os métodos diagnósticos específicos costumam ser pouco acessíveis, com resultados demorados. Existem poucos estudos avaliando a acurácia do diagnóstico clínico na APS. O estudo objetiva identificar na primeira semana de sintomas as características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais preditoras do diagnóstico de COVID-19. MétodoDados preliminares de coorte prospectiva iniciada em março/2021 em unidade de APS, envolvendo indivíduos com idade mínima de 18 anos, com até 7 dias de sintomas sugestivos de COVID-19. Variáveis epidemiológicas, clínicas e laboratoriais foram obtidas no recrutamento. Diagnóstico determinado pela detecção do SARS-CoV-2 (RT-PCR) em amostra de swab nasofaríngeo. ResultadosAté setembro de 2021 foram incluídos 112 participantes com idade de 39 (IIQ: 29,6-48,6) anos, sendo 69 (65,2%) do sexo feminino. Foi diagnosticado COVID-19 em 36 (32,1%) indivíduos. As características epidemiológicas associadas com o diagnóstico de COVID-19 foram escolaridade (p = 0,002) e tabagismo (RR 1,42; IC 95% 1,13-1,80). As variáveis clínicas associadas com o diagnóstico foram a presença dos critérios da OMS I (febre e tosse) (1,97; 1,18-3,29) e III (anosmia ou disgeusia) (2,14;1,26-3,55), além de artralgia (1,86; 1,08-3,23), anosmia (2,22; 1,34-3,66) e disgeusia (2,07; 1,25-3,48). Curiosamente, os níveis séricos de creatinofosfoquinase (CPK) esteve inversamente associado ao diagnóstico (p = 0,022). Indivíduos com diagnóstico confirmado tiveram maior probabilidade de hipoxemia (p = 0,006) e necessidade de suplementação de O2 nos 28 dias de seguimento (p = 0,035). O diagnóstico clínico-epidemiológico mostrou baixa capacidade de identificar os casos de COVID-19, reforçando a importância do acesso aos métodos diagnósticos na APS. Estudos realizados na APS poderão desenvolver conhecimento que permita otimizar as medidas de vigilância e assistência, favorecendo o controle da pandemia. ConclusãoAs variáveis preditoras mais úteis no diagnóstico de COVID-19 foram os critérios diagnósticos da OMS, a presença de artralgia, anosmia e disgeusia, além de níveis mais baixos da enzima CPK. Estudos mais aprofundados são necessários para aprimorar o enfrentamento da pandemia na APS. ER -