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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-078 - RETINITE POR HERPES SIMPLES TIPO 2 ASSOCIADO À TRANSMISSÃO PELO CANAL DO PARTO, CONFIRMADO ATRAVÉS DE REAÇÃO DA POLIMERASE EM CADEIA (RT–PCR) NO HUMOR AQUOSO.
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Luciana Peixoto Finamor, Barbara Zanetti, Gabriel Andrade, Laura Cunha, Carolina Lazari, Celso Granato
Clínica de Olhos Dr. Moacir Cunha, São Paulo, SP, Brasil
Grupo Fleury, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

O vírus do herpes simples (HSV) é uma causa comum de infecções oculares, O HSV-1 é mais frequentemente associado a infecções oculares, enquanto o HSV-2 é mais comum em infecções genitais. No entanto, ambos os tipos podem causar doenças oculares graves. As manifestações oculares do HSV incluem ceratite (infecção da córnea), conjuntivite (infecção da conjuntiva) e uveíte (inflamação da úvea), sendo que a retinite herpética é uma complicação rara, mas potencialmente devastadora. Os recém-nascidos infectados pelo HSV-2 durante o parto podem apresentar sintomas dentro das primeiras semanas de vida. A infecção ocular pode se apresentar como conjuntivite, ceratite e, em casos graves, como retinite, que pode ocorrer tardiamente. Tecnicas de Biologia molecular em fluido intra ocular pode ser útil no diagnóstico desses casos.

Objetivo

Descrever um caso de retinite por Herpes Virus tipo 2 em paciente adulta com história de transmissão pelo canal do parto.

Método

Relato de Caso.

Resultados

Paciente de 42 anos, com queixa de hiperemia, fotofobia e baixa acuidade visual no olho esquerdo há 1 semana, procurou atendimento oftalmológico, com diagnóstico de toxoplasmose ocular. Ao exame apresentava sinais de uveite posterior granulomatosa com retinite, associado à hipertensão ocular. Exame do olho direito mostrava sinais de cicatrizes prévias de ceratite. Paciente informava antecedentes de lesões de córnea ao nascimento, associadas à provável transmissão via canal do parto. Foi realizado paracente de humor aquoso (0,2 ml) com avaliação através de rt-PCR. Exame foi negativo para toxoplasmose e positivo para Herpes simples tipo 2. Paciente foi tratada com Valaciclovir via oral, apresentando melhora e cicateização das lesões.

Conclusão

As técnicas de biologia molecular, como a reação em cadeia da polimerase (PCR), permitem a detecção rápida e precisa do DNA viral em amostras oculares, especialmente útil em casos atípicos. Essa precisão diagnóstica foi essencial para a identificação do HSV-2 como agente causador da retinite no caso reportado, permitindo a implementação de terapias antivirais específicas de maneira oportuna, evitando tratamentos desnecessários. É uma ferramenta indispensável na oftalmologia moderna, fornecendo as bases para um diagnóstico preciso, uma compreensão aprofundada dos mecanismos das doenças, o desenvolvimento de novas terapias e o monitoramento eficaz das respostas ao tratamento.

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