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Vol. 28. Issue S2.
14° Congresso Paulista de Infectologia
(October 2024)
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EP-079 - ENDOCARDITE RARA POR LEUCONOSTOC PSEUDOMESENTEROIDES: RELATO DE CASO
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Maria Eduarda Molina Marques, Jéssica Andrade Filgueiras, Reinaldo Jovelli Junior, Caroline Eunice de Lima Barros, Caroline Aires Manfroi, Edson Carvalho de Melo
Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Campus Bauru, Bauru, SP, Brasil
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Vol. 28. Issue S2

14° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução

Os implantes em próteses valvares (IPV) tem a endocardite infecciosa (EI) como grave complicação do procedimento. A espécie Leuconostoc pseudomesenteroides (LP), coco gram+, encontrado em laticínios, vegetais, fezes e na vagina, é um agente raro causador da endocardite, porém, o mesmo deve ser considerado quando não há melhora clínica, com uso de antibioticoterapia empírica adequada.

Objetivo

Relatar caso raro de paciente lúpica (LES), com desenvolvimento de EI por LP, 10 meses após IPV.

Método

Relato de caso e revisão de prontuário.

Resultados

Feminino, 69 anos, com LES, uso crônico de metotrexato e pós operatório de IPV, queixa de tosse seca, astenia e febre 10 meses após procedimento e uso de ceftriaxone empírico. 2 hemoculturas positivas para LP no dia 08/03/2023, agente pouco habitual, sugerindo uma endocardite em paciente imunossuprimido com valvopatia. O 1° ecocardiograma transesofágico (ECOTE) não detectou quaisquer alterações sugestivas de EI, porém o 2° ECOTE, repetido 16 dias depois, identificou prótese de implante percutâneo em posição aórtica, com dupla lesão leve e imagem sugestiva de vegetação no folheto coronariano esquerdo e nova regurgitação. Inicialmente foi optado por penicilina cristalina + gentamicina, em D6, ainda febril e hipotensa, optou-se por substituir por daptomicina 8 mg/kg/dia e coleta de novas hemoculturas, posteriormente positivas para LP. Em D2 de daptomicina, melhora clínica, 2 hemoculturas, que foram negativas. 3° ECOTE (realizado 42 dias após início do tratamento) apresentou ausência de vegetações endocárdicas ou complicações de endocardite infecciosa bioprótese V. Aórtico.

Conclusão

Trata-se de um caso raro de EI por LP, diagnosticado pelos critérios de Dukes modificado (3 critérios maiores e 2 menores). Não podemos afirmar que houve falha terapêutica com a penicilina cristalina, uma vez que a negativação da cultura aconteceu 48 horas depois da sua substituição, mas a melhora clínica ocorreu após a daptomicina. Não há padrão de antibiograma para essa bactéria, assim as opções terapêuticas foram baseadas em literatura.

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