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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐190
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VULNERABILIDADE E AUTOPERCEPÇÃO DE RISCO PARA O HIV ENTRE ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE
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Bruna Fernandes Pousada, Fábio Ferreira Escaleira, Vivian Iida Avelino‐Silva, Ricardo Vasconcelos
Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), São Paulo, SP, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Apesar de discussões teóricas e práticas sobre fatores de risco e estratégias de prevenção da infecção por HIV e outras IST constarem nos cursos da área da saúde, estudantes podem apresentar autopercepção de risco incongruente com suas vulnerabilidades.

Objetivo: Avaliar a vulnerabilidade e a autopercepção de risco para o HIV entre estudantes de Enfermagem e Medicina de uma instituição em São Paulo.

Metodologia: A vulnerabilidade à infecção por HIV e a autopercepção de risco foram avaliadas por meio de um questionário de autopreenchimento contendo perguntas sobre hábitos e práticas sexuais e sobre a autopercepção de risco prévia, atual e futura dos participantes. Todos os participantes forneceram consentimento informado antes da inclusão no estudo.

Resultados: 324 estudantes de medicina e enfermagem participaram do estudo. A maioria se identificou como mulher cisgênero (65%), de etnia branca (84%) e de orientação heterossexual (82%). 19% relataram não usar camisinha consistentemente (sempre ou na maioria das vezes) em relações sexuais com parcerias casuais e 47% com parcerias fixas. 12% relataram sexo sob uso de álcool em mais da metade das vezes e 21%, sexo sob influência de drogas ao menos uma vez no último ano. 5% dos participantes relataram alguma IST prévia. 18 estudantes (5%) reportaram uso de camisinha em menos da metade das relações sexuais com parcerias casuais nos 3 meses anteriores ao estudo; dentre eles, apenas 33% declararam preocupação moderada/alta com infecção por HIV. Em comparação, dentre os 77 participantes que declaram uso consistente de camisinha em relações casuais, 52% declararam alta/moderada preocupação. Tal discrepância não atingiu significância estatística (p=0,155), mas sugere uma percepção de risco equivocada. 49 (15%) participantes demonstraram percepção de risco inadequada, pois declararam uso inconsistente de camisinha em todas as relações sexuais nos últimos 3 meses e nenhuma preocupação com infecção por HIV no último ano; tais estudantes foram mais propensos a reportar sexo sob a influência de álcool (p=0.004) e drogas (p=0.011).

Discussão/Conclusão: Percepção de risco inadequada foi associada com maior exposição a comportamentos de risco de infecção por HIV entre alunos da área da saúde. Mais estudos são necessários para caracterizar fatores associados e medidas educacionais efetivas para diminuir a discrepância entre comportamento e percepção de risco.

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