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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐189
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DIAGNÓSTICO TARDIO DO HIV/AIDS: UMA REALIDADE EM UMA REGIÃO NO SUL DO BRASIL
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Rafaela Marioto Montanha, Lais Cristina Gonçalves Ribeiro, Jéssica Maia Storer, Natalia Marciano A. Ferreira, Maria Eduarda Cardoso Silva, Isadora Flavio Monteiro, Izabela Nayara Ricardo, Paola Ramos Silvestrim, Rejane Kiyomi Furuya, Flávia Meneguetti Pieri
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: O perfil das pessoas vivendo com o HIV/Aids que evoluem à óbito passou por significativas mudanças na última década. Sabe‐se que o diagnóstico tardio tem implicações na sobrevida do paciente e que ações precoces reduzem a mortalidade substancialmente.

Objetivo: Descrever a prevalência de óbitos dos casos notificados de HIV/Aids, bem como verificar o perfil demográfico e clínico dos acometidos pelo agravo.

Metodologia: Trata‐se de um estudo transversal, descritivo. A amostra foi constituída por pessoas pertencentes a macrorregião norte do estado do Paraná, notificadas com HIV/Aids no Sistema de Informações de Agravos de Notificação, no período de janeiro/2009 a dezembro/2019. A macrorregião norte é divida em cinco regionais de saúde: Apucarana, Cornélio Procópio, Ivaiporã, Jacarezinho e Londrina, abrange 97 municípios e 1.819.461 pessoas, sendo a segunda macrorregião mais populosa do estado. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Science. CAAE: 00603718.6.0000.5231.

Resultados: Dos 5161 casos notificados, 4439 permaneceram vivos (86,0%) e 772 (14,0%) evoluíram a óbito. No período de análise, o ano em que mais houve óbitos por HIV/Aids foi 2011 (12,3%), seguido do ano de 2009 (11,9%). A regional de saúde de Londrina concentrou mais da metade dos óbitos, com um percentual de 54,4%. Dos 772, a maioria morreu no mesmo mês do diagnóstico (50,4%); 163 indivíduos evoluíram a óbito entre 1 a 12 meses do diagnóstico (22,6%) e 195 (27,0%) em 13 meses ou mais do diagnóstico. Em relação ao perfil demográfico dos óbitos, 72,2% eram do sexo masculino e 55,7% tinham 40 ou mais anos. Prevaleceu a raça branca (68,4%), com até 8 anos de estudo (52,5%). De acordo com os critérios do CDC adaptado, 54,3% dos óbitos foram notificados com contagem de linfócitos<350 céls/mm3. Conforme o critério Rio de Janeiro Caracas, a caquexia ou perda de peso maior que 10%, esteve presente em 41,0% dos casos de óbito.

Discussão/Conclusão: Evidencia‐se que metade dos óbitos ocorreram no primeiro mês após a notificação, em homens, adultos, brancos, com pouco estudo, reforçando a necessidade de ações que reduzam as barreiras para um diagnóstico precoce voltados a esse público, com foco em início do tratamento do HIV antes da evolução para Aids.

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