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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐175
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VIVENDO COM HIV/AIDS NA ADOLESCÊNCIA: FATORES PARA A ADESÃO À TERAPÊUTICA
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Shirley de Jesus Coelho, Júlia Yaeko Kawagoe
Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A pandemia do HIV/AIDS vem se expandindo mundialmente e no Brasil, em especial entre os adolescentes. Compreender como o adolescente vivencia esta condição é fundamental para instituir as melhores estratégias para garantir menor sofrimento e adesão do tratamento.

Objetivo: Verificar a percepção dos adolescentes com HIV/AIDS em relação à aquisição do HIV e conhecer fatores que contribuem para a adesão ao tratamento.

Metodologia: Pesquisa descritiva, qualitativa e exploratória, realizada por meio de entrevista com adolescentes (10‐19 anos) em tratamento para HIV, de outubro a dezembro de 2018, na unidade de referência em HIV/AIDS (Salvador‐Ba), em três etapas (EI, EII e EIII). EI: realizada avaliação do banco de dados sobre adesão ao tratamento e características sociodemográficas dos adolescentes para seleção e recrutamento para entrevista. EII: coleta, via prontuário eletrônico, de informações sobre iniciação sexual, diagnóstico e tratamento. EIII: mediante o consentimento do responsável e do próprio adolescente, foi realizada a entrevista. Para análise dos dados da entrevista foi utilizada a técnica de Análise de Conteúdo de Bardin e o Modelo de Crenças em Saúde.

Resultados: A análise de entrevistas dos cinco adolescentes resultou em quatro categorias: percepção de suscetibilidade ao HIV, percepção quanto à severidade da AIDS, benefícios e barreiras percebidos para adesão ao tratamento. Falta de conhecimento sobre HIV/AIDS e práticas sexuais inseguras devido à confiança no parceiro e/ou nas relações estáveis, indicaram baixa suscetibilidade ao HIV/AIDS. Na percepção sobre gravidade, associaram doença a um estado grave e morte (os que vivenciaram esta situação); e que usar drogas ilícitas e o extremismo religioso relacionado à cura podem alterar a percepção quanto à gravidade da AIDS. O suporte da família, da escola, dos amigos e dos serviços de saúde, assim como a fé e as práticas religiosas foram relatados como fundamentais para o tratamento com consequências no bem‐estar. Os seguintes fatores foram citados como barreiras que dificultam o tratamento: a ausência da família ou de seu apoio, a falta de discussões sobre a temática nas escolas, além de preconceito e discriminação dos amigos, uso abusivo de drogas e a religiosidade extrema.

Discussão/Conclusão: Os adolescentes demonstraram falta de conhecimento e baixa percepção de suscetibilidade em relação ao HIV/AIDS. Destacaram a importância da família e amigos, da escola, da fé e práticas religiosas, e o atendimento pelos profissionais para adesão ao tratamento.

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