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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐176
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TRATAMENTO COM ANTIRETROVIRAIS EM ESQUEMA COM DUAS DROGAS: É SEGURO E EFETIVO?
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Graziella Hanna Pereira
Centro de Referência e Treinamento DST/Aids (CRT DST/AIDS), São Paulo, SP, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: O tratamento com antiretrovirais (TARV) pode levar a eventos colaterais, que dificultam a continuidade terapêutica. O uso de TARV em regime com duas drogas (DT) está aumentando. A simplificação do esquema se justifica para redução dos eventos colaterais, melhora na adesão e redução das interações medicamentosas.

Objetivo: Avaliar a efetividade do uso de esquemas DT em pacientes portadores de HIV, em seguimento a pelo menos 6 meses.

Metodologia: Foram avaliados 80 pacientes em DT, em cinco diferentes combinações. Foram incluídos pacientes em supressão do HIV há pelo menos 1 ano, com histórico de boa adesão (paciente que vem regularmente às consultas, mantendo carga viral indetectável) e com efeitos colaterais ou contraindicação ao tenofovir, abacavir e zidovudina ou para simplificação de TARV com redução do número de comprimidos. O período de seguimento dos pacientes foi entre 2009 a 2019.

Resultados: Foram avaliados 80 pacientes, com idade variando de 28‐ 84 anos e média de 55 anos, sexo masculino 54 pacientes (67%).

Os esquemas de DT utilizados foram:

‐dolutegravir/lamivudina: 24 (30%).

‐darunavir‐ritonavir/dolutegravir: 22 (27,4%),

‐darunavir‐ritonavir/lamivudina: 16 (20,2%),

‐atazanavir‐ritonavir/dolutegravir: 13 (16,2%)

‐atazanavir‐ritonavir/lamivudina: 5 (6,2%)

Tempo de seguimento foi de 10 anos (entre 2009‐2019), e 25 (31%) dos pacientes estavam em acompanhamento com esquema duplo há mais de 1 ano, sendo que o esquema mais antigo foi darunavir‐ritonavir/dolutegravir (pacientes desde 2009, sendo que o dolutegravir substituiu o raltegravir) e o mais recente dolutegravir/lamivudina (6 meses‐ 1ano). Sessenta e dois pacientes apresentavam carga viral indetectável, 15 pacientes carga viral abaixo do limite de detecção (< 40 copias/mL) e 2 pacientes apresentaram escapes virais (carga viral <100 copias/mL), mas ainda aguardando novos exames. O CD4 atual variou de 31‐1968 cls/mm3 (média de 734 cls/mm3). Principais razões para simplificação de esquema de TARV para DT foram (cada paciente pode ter mais de um fator): Osteopenia/osteoporose (44), alteração renal (17), coronariopatia ou risco cardíaco para uso do abacavir (9), alteração hepática ou amilase (4) intolerância ou alergia a ARV (5) e para simplificação de TARV (11).

Discussão/Conclusão: TARV em esquema duplo parece ser eficaz em manter a supressão viral, sendo utilizado principalmente em pacientes com efeitos colaterais a TARV, idosos e para melhora da adesão. É necessário um período maior de seguimento para melhor avaliação de DT.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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