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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐362
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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE MENINGITES CRIPTOCÓCICAS EM HOSPITAL TERCIÁRIO DO OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Ana Elisa Fernandes, Lais Batista Rodrigues, Larissa Rezende Tiberto, Mayara F.S. de Melo, Telma Reginato Martins, Paulo Eduardo Mesquita
Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Presidente Prudente, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A meningoencefalite criptocócica (MC) é uma forma de meningite negligenciada tanto na perspectiva assistencial quanto na vigilância epidemiológica. A subnotificação caminha em paralelo com assistência insatisfatória e letalidade elevada.

Objetivo: (1) Verificar a magnitude de subnotificação de casos de MC no Hospital Regional de Presidente Prudente antes e depois da implementação do Núcleo Hospitalar de Epidemiológia (NHE); (2) Aferir a letalidade associada à MC nesse hospital; (3) Identificar fatores correlacionados à maior risco de morte.

Metodologia: Informações de 78 indivíduos internados no Hospital Regional de Presidente Prudente com diagnóstico de meningite criptocócica constituíram a base de dados para análise. Critérios de inclusão: (1) cultura positiva no líquor ou sangue; (2) microscopia direta e pesquisa de antígeno positivos na mesma internação; (3) no mínimo dois resultados positivos de microscopia direta da mesma internação; (4) um resultado positivo na microscopia direta em que o médico prescreveu Anfotericina B. Recidivas de casos diagnosticados em internações anteriores foram excluídas. Os dados coletados foram agrupados e analisados por meio de um algoritmo escrito em linguagem R.

Resultados: 62 casos foram diagnosticados antes da implantação do NHE e 16 casos após. Antes do NHE, 35 casos (56,45%) foram descartados ou simplesmente não foram notificados. Nessa fase, apenas 4 casos (6,45%) de MC foram notificados com a classificação etiológica correta. Os demais foram notificados com meningite, porém com classificação etiológica incorreta. Esses números melhoram parcialmente após a implantação do NHE quando 6 (37,50%) casos foram descartados ou não notificados e 9 casos (56,25%) foram classificados corretamente. A letalidade associada a MC até dois anos após o diagnóstico foi de 56,41%. Infecção pelo HIV e neutrofilia no último hemograma da internação do diagnóstico de MC correlacionaram‐se de forma independente com maior risco de morte na análise multivariada.

Discussão/Conclusão: A MC foi um componente da vigilância epidemiológica de meningites amplamente subnotificado ou mal notificado na instituição e no período em que foi conduzida esta pesquisa. Conscientização dos profissionais de vigilância e assistência, além de disponibilização de recursos laboratoriais para o diagnóstico etiológico, são essenciais para melhoria desse panorama. Uma equipe multiprofissional dedicada exclusivamente à vigilância contribui para melhorar a qualidade da informação e a assistência aos doentes.

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