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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐411
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USO DE METOTREXATO NO CONTROLE DO ERITEMA NODOSO HANSÊNICO: RELATO DE UMA ALTERNATIVA TERAPÊUTICA PROMISSORA
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Mariana Ramos Barbosa, Anna Gabriela dos Santos Souza, Kárenn Klycia Pereira Botelho, Anderson José de Oliveira, Lorran de Alcântara Coelho, Franciely Gomes Gonçalves, Fátima Pessanha Fagundes
Universidade Federal do Acre (UFAC), Rio Branco, AC, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: O Eritema Nodoso Hansênico (ENH) é uma síndrome inflamatória causadora de grande morbidade em pacientes hansenianos. Responsável, frequentemente, pela interrupção do curso crônico da infecção, a reação tipo 2 possui tratamento estabelecido, sendo este causador de variados efeitos colaterais e possível resistência.

Objetivo: Objetiva‐se descrever o tratamento do ENH em pacientes com o uso de metotrexato como terapia alternativa.

Metodologia: Dois pacientes, ambos do sexo masculino, em acompanhamento no serviço de dermatologia da Fundação Hospital Estadual do Acre, possuem diagnóstico de hanseníase, com presença de ENH. Paciente A, 26 anos, em tratamento com prednisolona (P) e talidomida (T), em conjunto à poliquimioterapia (PQT) multibacilar, apresentou grave recidiva com múltiplas lesões, após 5 meses sem ENH ativo. Após manutenção de P e T por 15 meses, sem melhora significativa, modificou‐se o tratamento para metotrexato em associação à P, T e clofazimina. Após 4 meses do início deste esquema, o paciente encontra‐se sem atividade do ENH ou sintomas associados. Paciente B, 31 anos, foi tratado com PQT em 2012. À mesma época manifestou ENH, o qual tratou‐se com P e T, sendo adicionado ainda pentoxifilina e fluoxetina. O paciente apresentou melhora seguida de intensa piora do quadro, associada à diminuição das doses de P e T. Após 1 ano e 9 meses da correção da dose destes medicamentos, iniciou‐se a terapia com metotrexato, que permitiu a redução das doses de P e administração da T em dias alternados, mantendo o ENH controlado.

Discussão: O tratamento para o ENH, segundo as diretrizes, se dá com o uso de P, T e clofazimina. Apesar de recomendada, existem relatos de resistência à essa terapia, ocasionada pela não indução da remissão ou ocorrência de recaídas. Novas alternativas terapêuticas têm procurado eliminar tais inconvenientes, como a combinação de metotrexato e P. O metotrexato possui potencial redutor de citocinas pró‐inflamatórias e aumenta a expressão de citocinas anti‐inflamatórias. Tal resultado somado ao efeito da P, que possui caráter eliminatório na resposta inflamatória induzida aos antígenos, é relacionado à remissão completa e recuperação desses pacientes.

Conclusão: O uso de metotrexato mostrou‐se eficaz para o controle e remissão clínica do ENH. Entretanto, os casos descritos incluíram outras drogas além da combinação apenas com P já descrita na literatura, o que demonstra a necessidade de mais estudos sobre essa eficácia e sinergia medicamentosa.

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