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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐412
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ENDOCARDITE INFECCIOSA POR CORYNEBACTERIUM DIPHTHERIAE
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Maria Felipe Medeiros, Vítor Falcão Oliveira, Camila Loredana P.A.M. Bezerra, Barbara A.L. Castro, Luciana Vilas Boas Casadio, Adriana Coracini T. Proença, Jéssica Fernandes Ramos, Ana Catharina Seixas S. Nastri, Rinaldo Focaccia Siciliano
Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Endocardite por Corynebacterium diphtheriae é uma entidade rara, com primeiro caso relatado na literatura em 1893. O agente infeccioso é causador de Difteria (crupe), prevenível por vacinação. O acometimento de endocardite por Corynebacterium diphtheriae mostra‐se como agressivo, com alta virulência e grande potencial de destruição de valvas nativas e prostéticas.

Objetivo: Descrever um caso de Endocardite Infecciosa por Corynebacterium diphtheriae.

Metodologia: Paciente, sexo masculino, 21 anos, sem comorbidades prévias, com história de febre há 7 dias e dispneia há 2 dias, admitido no pronto‐socorro com insuficiência respiratória e necessidade de intubação endotraqueal. A suspeita inicial de Covid‐19 foi descartada por método molecular e tomografia de tórax de padrão não característico. Foi isolado em hemocultura aeróbia Corynebacterium diphtheriae. O Ecocardiograma transtorácico evidenciou vegetações mitral, sendo a maior medindo aproximadamente 0,95cm x 1,02cm, com posterior troca valvar mitral por prótese biológica. Identificadas múltiplas embolizações a distância para pulmão, baço, rim esquerdo e membro inferior esquerdo (MIE) em tomografias. Esplenectomia realizada por infarto e abscesso esplênico. Embolectomia em MIE com reperfusão dos pulsos poplíteo, tibial anterior e posterior. Paciente apresentava vacinação prévia (2 doses) para difteria confirmada em carteira vacinal. Após o início do tratamento com ampicilina endovenosa por 6 semanas, evoluiu com melhora clínica e negativação de hemoculturas uma semana após início da antibioticoterapia.

Discussão/Conclusão: Corynebacterium diphtheriae é um bacilo gram positivo de alta virulência, que causa comumente doença respiratória. A disseminação da toxina diftérica pode causar miocardite nos quadros graves. Entretanto, o caso apresentado é uma endocardite infecciosa, causada por agente não habitual. A endocardite apresenta potencial de morbi‐mortalidade, inclusive após abordagem cirúrgica valvar de urgência. O diagnóstico desta condição clínica obedece aos critérios de Duke. Não há consenso na literatura para terapia combinada ou monoterapia com antibióticos na endocardite por Corynebacterium diphtheriae. Por fim, deve‐se ressaltar a importância da investigação de focos de embolização séptica diante deste diagnóstico infeccioso.

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