Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 2 ‐ Horário: 13:51‐13:56 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: A transmissão vertical da hepatite B é responsável por 35 a 40% dos novos casos de hepatite B no mundo, pois é por meio dela que o vírus é mantido na população. A infecção crônica ocorre em 90% das crianças infectadas no período neonatal, sobretudo nas mães que apresentam testes positivos no momento do parto.
Objetivo: Estimar a prevalência da hepatite B em gestantes no Estado do Piauí, características sociodemográficas das gestantes acometidas com hepatite B; relacionar os casos positivos por mesorregião e levantar o estado sorológico para infecções que causam morbimortalidade fetal.
Metodologia: Estudo retrospectivo de caráter descritivo, feito em um laboratório de referência em saúde pública do Estado do Piauí, tomou por base as fichas individuais das gestantes no Sistema de Gerenciamento de Ambiente Laboratorial. Foram incluídas no estudo as gestantes que fizeram pré‐natal entre janeiro e agosto/2017. Trabalho aprovado com o parecer 2.059.392.
Resultado: Durante o período da pesquisa foram feitos 20.656 testes em papel de filtro para hepatite B em gestantes. Foram não reagentes 98,9%. Cerca de 1,1% (240 casos) foram reagentes para hepatite B e aproximadamente 0,8% das amostras não foram testadas por inadequações na coleta das amostras. Foi observada uma cobertura de investigação em 168 municípios piauienses de acordo com a procedência das gestantes, os maiores números de casos positivos foram concentrados em: Parnaíba com 14 casos e União com 11. A menor idade foi 11 e a maior 47, a maior parte das gestantes tinha entre 21 e 30 anos. Na divisão por mesorregião, a centro‐norte representou o maior número de casos (34%), seguida por norte (29%), sudoeste (24%) e sudeste (13%). Sobre as coinfecções, foram observados cinco casos de infecção aguda por citomegalovírus, quatro casos por sífilis e dois casos por HIV.
Discussão/conclusão: O vírus da hepatite B durante a gestação teve prevalência de aproximadamente 1%, equivalente à prevalência observada em outros estudos, que gira em torno de 0,6 a 0,95%. A maioria dos casos foi proveniente do centro‐norte piauiense e a coinfecção com CMV foi a mais observadas. Diante da prevalência da hepatite B, pode‐se afirmar a importância de um seguimento pré‐natal de qualidade, uma vez que possibilita seu diagnóstico e seguimento clínico em fases precoces da infecção.