Journal Information
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 117-118 (December 2018)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 117-118 (December 2018)
EP‐162
Open Access
INFECÇÃO OCULTA PELO VÍRUS DA HEPATITE B PÓS‐TRANSPLANTE RENAL COM PERSISTÊNCIA DE CARGA VIRAL ELEVADA E ALTERAÇÃO DAS TRANSAMINASES HEPÁTICAS
Visits
4225
Maria Camilo Ribeiro de Senna, Isabelle Perez Ramirez Gonçalves, Daniela Pereira Rodrigues, Ana Clara Chula Lara, Amanda A. Schimith Costa
Faculdade de Minas (Faminas), Belo Horizonte, MG, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Full Text

Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 2 ‐ Horário: 13:58‐14:02 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: A infecção oculta pelo vírus da hepatite B (HBV) é definida pela presença do HBV DNA na ausência do HBsAg. É documentada com maior frequência nos grupos com alto risco de infecção pelo HBV, em indivíduos com doença hepática prévia ou em imunodeprimidos.

Objetivo: Relato de caso de infecção oculta pelo HBV em paciente portador de doença renal crônica (DRC) dialítica, pós‐transplante renal, com carga viral elevada e alteração das transaminases hepáticas.

Metodologia: Paciente masculino, 66 anos, pardo, residente em Belo Horizonte/Minas Gerais e portador de DRC dialítica desde 2010. Passado de transfusão sanguínea em 1983 e parceira fixa havia 21 anos. Em 2013 foi encaminhado ao ambulatório de hepatites virais da prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para investigação de hepatite B oculta. Na ocasião apresentava positividade apenas para o anti‐HBc IgG, com HBsAg e anti‐HBs negativos. Abandonou acompanhamento sem fazer o HBV DNA quantitativo. Submetido a transplante renal em 2014 com perda do enxerto em 2017 e regresso à terapia dialítica com uso atual de tacrolimo (enxerto não retirado). Em 20/11/2017 fez exames na unidade de diálise com positividade para HBsAg, anti‐HBc IgG e anti‐HBs, foi reencaminhado ao ambulatório de hepatites virais com suspeita de reativação da infecção pelo HBV. Exames do ambulatório da PBH em 22/02/2018: HBsAg, anti‐HBs e anti‐HBe negativos, HBeAg positivo, alanina aminotransferase (ALT) 49 (13‐69 U/L) e HBV DNA 24.405.286 UI/ml (log 7,39). Exames em 10/05/2018: HBsAg, anti‐HBs e HBeAg negativos, ALT 156 U/L, HBV DNA 32.682.638 UI/mL (log 7,51), elastografia hepática F2 (7,32 Kpa). Optou‐se pelo início de entecavir e segmento periódico.

Discussão/conclusão: Apesar de vários estudos com portadores de infecção oculta pelo HBV descreverem baixas concentrações do HBV DNA, usualmente inferiores a 100 UI/ml, este paciente se contrapõe e apresenta elevada carga viral, associada à positividade do HBeAg e elevação de ALT. Mutações no HBV podem reduzir a expressão das proteínas de superfície, o que poderia explicar a negatividade para o HBsAg. Pacientes em hemodiálise são mais susceptíveis a adquirir infecções transmitidas por via parenteral e a presença de infecção oculta pelo HBV pode ser um dos fatores responsáveis pela persistência da transmissão viral. Este caso nos mostra a importância da pesquisa do HBV DNA em pacientes em diálise, com prioridade para os que serão submetidos ao transplante renal e à terapia imunossupressora posterior.

Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools