Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 5 ‐ Horário: 10:30‐10:35 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: A instituição de longa permanência (LP) e a instituição de transição de cuidados (ITC) recebem pacientes crônicos, no geral acima de 30 dias já em internação hospitalar. São pacientes que em sua maioria chegam colonizados por microrganismos multirresistentes (MDR), tanto em coletas de culturas anais quanto em secreção traqueal e urina. O desafio de diagnosticar de forma correta a infecção, e tratar de forma rigorosa e adequada, pode levar a descolonização dos pacientes de MDR, bem como uma melhor evolução clíunica.
Objetivo: Analisar criticamente o uso de antimicrobianos na instituição nos últimos quatro anos, considerando as infecções notificadas, os agentes isolados e o consumo de antimicrobianos, bem como o envolvimento do médico infectologista no processo.
Metodologia: O serviço de controle de infecção da iTC/LP foi elaborado em cima de indicadores semelhantes aos hospitalares. As infecções são notificadas de acordo com as definições da Anvisa. Os tratamentos são de acordo com o protocolo institucional elaborado a partir da literatura vigente. Todos os casos de infecção notificados foram compilados, além das culturas correspondentes.
Resultado: Desde 2014 foram notificados 43 infecções. Foram 18 respiratórias e 18 urinárias; o restante foram pele, trato gastro intestinal. O consumo de carbapenêmico foi de um doente; a vancomicina foi usada em um doente também. Entre os agentes de infecção do trato urinário, sete klebsiellas (duas produtoras de KPC, duas ESBL). Todos os pacientes receberam antimicrobianos e tiveram evolução favorável.
Discussão/conclusão: O diagnóstico adequado, bem com o tratamento controlado, com rigor em indicação e redução de tempo de tratamento, leva ao uso escasso de carbapenêmicos, bem como reduz os agentes multirresistentes. A evolução pode ser favorável com o uso reduzido de antimicrobianos.