A Tuberculose (TB) Pulmonar é uma doença infectocontagiosa que permanece como um dos maiores problemas do Brasil e do mundo.
ObjetivoDescrever os casos de TB pulmonar notificados, entre 2018 e 2020, antes e durante a pandemia de COVID-19, na 17ª Regional de Saúde do estado do Paraná (RS/PR).
MétodoEstudo descritivo, baseado nos casos notificados de TB pulmonar no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), pelos municípios da 17ª RS/PR, entre os anos de 2018 e 2020. CAAE 38855820.6.0000.5231.
ResultadosNotificaram-se 1000 casos de TB, 805 (80,5%) na forma pulmonar nos anos de 2018, 2019 e 2020, sendo, respectivamente, 265 (32,9%), 266 (33%) e 274 (34%). Caracteriza-se mediana de idade, 35,0 anos, maioria do sexo masculino, 607 (75,4%), 463 (57,5%) brancos, 377 (46,8%) com até nove anos de estudo, 651 (80,9%) casos novos. Aos agravos associados, (43,9%) dos casos eram ao tabagismo, (26,3%) alcoolismo, (25,8%) uso de drogas ilícitas, (13,2%) outras causas, (9,2%) diabetes, (7,2%) AIDS e (4,1%) doença mental. Ao diagnóstico, 413 (51,3%) realizaram a Baciloscopia de Escarro e obtiveram resultado positivo, 160 (19,9%) negativo, 227 (28,2%) não foi realizado. Por meio da radiografia de tórax, 676 (84%) dos achados eram suspeitos e 16 (2,0%) normais, 7 (0,9%) outra patologia. Ao teste de HIV, 623 (77,4%) negativo, 60 (7,5%) positivo, 34 (4,2%) em andamento. Cultura de escarro 357 (44,3%) o resultado positivo, 164 (20,4%) negativo, 91 (11,3%) em andamento. Teste Molecular Rápido (TMR-TB), 403 (50,1%) detectável sensível à Rifampicina, 33 (4,1%) detectável resistente à Rifampicina, 82 (10,2%) não detectável. Ao teste de sensibilidade, 48 (6,0%) resistente somente à Isoniazida, 3 (0,4%) resistente somente à Rifampicina, 4 (0,5%) resistente à Isoniazida e Rifampicina, 7 (0,9%) resistente a outras drogas de 1ª linha, 253 (31,4%) sensível, 15 (1,9%) em andamento. Foi realizado em 612 (76,0%) casos o Tratamento Diretamente Observado. Obteve-se 372 (46,2%) cura, 70 (8,7%) abandono e 20 (2,5%) óbito por TB.
ConclusãoPredominou-se casos do sexo masculino, raça branca, até nove anos de estudo, casos novos, agravos associados ao tabagismo, alcoolismo e uso de drogas ilícitas. Ao diagnóstico foi a baciloscopia de escarro positiva, entretanto 227 casos não realizaram o exame. Foram associados exames de imagens, cultura de escarro, teste de HIV e TMR-TB. Detectado resistência a rifampicina e a isoniazida, abandono e óbitos por TB.