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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐263
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TUBERCULOSE OSTEOARTICULAR PERIFÉRICA EM PACIENTE PORTADOR DE DERMATOMIOSITE PRIMÁRIA: UM RELATO DE CASO
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Lucas de Figueiredo Barbosa, Cristielly Guimarães Franco, Adriana Oliveira Guilarde, Maria Auxiliadora de P. Carneiro Cysneiros
Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A manifestação osteoarticular da tuberculose (TB) representa menos de 1% dos casos da doença, sendo ainda mais rara quando no esqueleto extra‐espinhal. Cursa majoritariamente com artrite fria, espondilite e osteomielite, sendo incomum sintomas sistêmicos. Entre os fatores de risco para infecção por TB, cita‐se o uso de imunossupressores, tratamento preconizado para pacientes com dermatomiosite. A ressonância magnética (RM) é capaz de evidenciar fases pré‐destrutivas da doença e a confirmação diagnóstica se dá pelo isolamento do agente. O tratamento envolve o uso de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol (RIPE) por dois meses, seguido de quatro a dez meses de terapia com rifampicina e isoniazida (RI). A abordagem cirúrgica está indicada em pacientes com complicações importantes da doença, como o desenvolvimento de deformidades ósseas.

Objetivo: Relatar um caso de artrite de membro inferior por infecção pelo Mycobacterium tuberculosis em um paciente portador de dermatomiosite primária.

Metodologia: Homem, 60 anos, procurou o pronto‐socorro por dor e sinais flogísticos em região dorsal de pé esquerdo, de início súbito há 3 meses, que evoluiu com formação de abscesso cutâneo, limitação de movimento e febre. Teve diagnóstico, há cerca de seis meses, de dermatomiosite primária, em uso de metotrexato 15mg/semana e prednisona 20mg/dia. A RM do membro evidenciou destruição de metatarsos e sinais de osteomielite. Iniciada antibioticoterapia de amplo espectro, com piora do quadro. Foi realizada a coleta de secreção cutânea, além de artrotomia para limpeza cirúrgica e biópsia sinovial. Os exames revelaram baciloscopia positiva, TRM para TB positivo e cultura para micobactéria positiva, com crescimento de Mycobacterium tuberculosis. Ademais, a biópsia sinovial evidenciou a presença de inflamação crônica granulomatosa e do agente. Frente ao diagnóstico, instituiu‐se o tratamento antituberculose com boa resposta e consequente alta hospitalar com tratamento ambulatorial (realizou RIPE por 2 meses e RI por 10 meses). Evoluiu com retorno da deambulação e cicatrização gradativa da ferida, estando assintomático atualmente.

Discussão/Conclusão: A osteoartrite tuberculosa é uma entidade rara com alta morbidade e diagnóstico desafiador. A presença de dermatomiosite em vigência de tratamento imunossupressor deve levantar a suspeita diagnóstica para essa infecção e a terapia específica deve ser instituída precocemente, visando prevenir complicações.

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