Journal Information
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐264
Full text access
MASSA CERVICAL POR NOCARDIA SP. EM PACIENTE COM HIV/AIDS: RELATO DE CASO
Visits
1947
Jocarla Soares Araújo, Luiz Fernando Cabral Passoni, Mariana Torres, Carolina Oliveira Venturotti, Manoel Rodrigues Lima Neto, Sarah Lanferini Frank, Luis Eduardo Fernandes, Halime Silva Barcaui
Hospital Federal dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

More info
Full Text

Introdução: Nocardia sp. é uma bactéria filamentosa gram positiva aeróbica que pode ser responsável por doenças em pacientes imunocomprometidos ou não, com manifestações cutâneas, pulmonares e/ou cerebrais. A forma disseminada é mais comum nos imunodeprimidos. O principal diagnóstico diferencial deve ser feito dentre as bactérias do seu subgrupo, como Actinomyces e Rhodococcus, ressaltando‐se a importância da identificação para realização de antibioticoterapia adequada.

Objetivo: Relatar caso de paciente que diagnosticou a infecção pelo HIV devido massa cervical por nocardiose.

Metodologia: Serralheiro, 42 anos, natural de Natal (RN), residente em Duque de Caxias (RJ), previamente hígido, com história de início há dois meses de quadro de febre intermitente com calafrios e surgimento de tumoração cervical à esquerda associada a fistulização, dor, calor local e disfagia. Esteve hospitalizado por uma semana, submetido à drenagem cirúrgica e tratamento com ciprofloxacino e clindamicina, sem regressão, evoluindo após um mês com nova tumoração à direita, sendo tratado com antiinflamatórios e amoxicilina+clavulanato durante 1 mês, sem melhora. Na ocasião, teste rápido para HIV positivo. Interna em nossa instituição com tumoração cervical à direita, endurecida, com pequeno foco de flutuação; à esquerda, lesão ulcerada de bordas bem delimitadas e infiltradas, de fundo limpo e com endurecimento perilesional. Afebril, hipocorado, orofaringe de difícil avaliação, dentes em regular estado de conservação. A secreção aspirada da lesão direita, corada por Ziehl‐Neelsen e gram, evidenciou bactérias filamentosas, gram positivas, BAAR positivo; o teste rápido molecular para tuberculose foi negativo. Houve crescimento de Nocardia sp. (identificação por MALDI‐TOF). Iniciado tratamento com sulfametoxazol‐trimetoprima com melhora clínica importante. TC de tórax prévia mostrava consolidação em base direita, que regrediu após tratamento, TC de crânio sem alterações. Durante internação, CD4 60/mm3 e CV 253.921/mL; iniciada TARV com TDF+3TC+DTG. Recebe alta após 20 dias de tratamento, com manutenção da medicação por via oral.

Discussão/Conclusão: Embora em pessoas vivendo com HIV e com tumoração cervical as hipóteses diagnósticas mais prováveis sejam tuberculose ganglionar, linfoma e micoses sistêmicas, a nocardiose deve ser sempre lembrada.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools