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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐322
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TRATAMENTO DE FARINGOAMIGDALITE PROLONGADA POR STREPTOCOCCUS PYOGENES: RELATO DE CASO
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Daivyane Aline Mota Rocha, Pablo Cantalice Santos Farias, Cynthia Regina Pedrosa Soares, Inaia Marckert Pascoal, Lucas Isaque Melo Silva, Paulo Sérgio Ramos Araújo, Jorge Belém Oliveira Júnior
Instituto Aggeu Magalhães (IAM), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: O surgimento crescente de bactérias multidroga‐resistentes (MDR) é considerado uma ameaça à saúde pública com uma das principais causas de morbimortalidade nos pacientes. Dentre as espécies MDR, Streptococcus pyogenes tem se destacado em casos de faringoamigdalites, sendo reportados cerca de 600 milhões de casos anualmente no mundo.

Objetivo: Este trabalho objetivou identificar as espécies bacterianas em amostra de secreção de faringoamigdalite.

Metodologia: Paciente do sexo feminino, 26 anos, natural de Recife/PE, a partir do dia 10 de novembro de 2019 apresentou crises sucessivas de amigdalite purulenta, assim, foi iniciado o tratamento com administração de amoxicilina em 12 de novembro sob orientação médica; contudo, sem resultado na terapêutica. Visto esta situação, foi iniciada a administração de moxifloxacino, cefuroxima, claritromicina e levofloxacino. No dia 11 de janeiro de 2020 foi coletada uma amostra de secreção da nasofaringe com swab estéril, a qual foi semeada em caldo BHI (Brain Heart Infusion) para crescimento bacteriano. Após 24 horas, foi semeada em ágar EMB (Eosina Methylene Blue) e ágar sangue. Após isolamento bacteriano, outros testes foram realizados, o teste de catalase e coloração de Gram, evidenciando cepas catalase positiva e Gram‐positivo. A identificação bacteriana foi realizada no dia 15 de janeiro de 2020 através VITEK®, sendo confirmada a espécie de Streptococcus pyogenes com sensibilidade a eritromicina e penicilina G. Segundo relatório médico datado de 20 de janeiro de 2020, a paciente encontrava‐se em um quadro de amigdalite crônica com indicação de tratamento cirúrgico (amigdalectomia). Ao procurar um infectologista, foi prescrito um tratamento com penicilina G durante três semanas e posteriores doses quinzenais, resultando na cura da paciente.

Discussão/Conclusão: Infecções por S. pyogenes resultando emfaringoamigdalite possuem como primeira linha de tratamento a amoxicilina e a penicilina, devido à rara incidência de cepas resistentes; contudo, foi observado resistência a amoxicilina, além de outros antimicrobianos das classes das fluoroquinolonas, beta‐lactâmicos e macrolídeos utilizados sem um teste de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA) prévio. Assim, destaca‐se a importância da aplicação de métodos de identificação e sensibilidade aos antimicrobianos, auxiliando o diagnóstico e o tratamento direcional com antimicrobiano de menor espectro, como medida de desacelerar o quadro atual de resistência a antimicrobianos.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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