12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: Inicialmente evitada pelo seu alto risco à biossegurança, a traqueostomia logo se transformou em procedimento de rotina no suporte crítico a pacientes graves acometidos por COVID19.
Objetivo: Comparar variáveis clínicas e desfechos destes pacientes submetidos à traqueostomia eletiva por uma mesma equipe de Cirurgiões Torácicos em um hospital de referência no SUS e em dois serviços privados na cidade de São Paulo.
Metodologia: Revisão dos prontuários eletrônicos de 80 pacientes operados entre abril e agosto de 2020, divididos em dois grupos: Cenário 1 ‐ SUS (IIERibas) e Cenário 2 ‐ hospitais privados (9 de Julho e Santa Paula).
Resultados: IOT=intubação; TRQ=traqueostomia; PO=pós‐operatório.
VARIÁVEIS
Cenário 1 (SUS): n=39
Cenário 2 (privados): n=41
Idade (mediana)
31‐79 (64a)
35‐85 (64a)
Homens
19 (48,7%)
25 (60,9%)
Tempo da IOT à TRQ (mediana)
11‐27 (20d)
7‐26 (17d)
Falha de extubação prévia
12 (30,8%)
7 (17,1%)
Anticoagulação plena
13 (33,3%)
24 (58,5%)
Técnica cirúrgica
Aberta: 39 (100,0%)
Percutânea: 24 (58,5%)
Local do procedimentona UTI: 39 (100,0%)na UTI: 41 (100,0%)
Equipe multiprofissional dedicada
39 (100,0%)0
Complicações no PO precoce
4 (10,2%)
4 (9,7%)
Altas hospitalares
12 (30,8%)
26 (63,4%)
Óbitos hospitalares
22 (56,4%)
13 (31,7%)
Tempo da TRQ à decanulação (mediana)
33‐76 (49d)
11‐53 (23d)
Tempo da TRQ ao óbito (mediana)
1‐85 (23d)
4‐102 (15d)
Óbitos<7 dias de PO
6 (15,4%)
3 (7,3%)
Discussão/Conclusão: Esta experiência reflete as muitas lições aprendidas com a COVID19, especialmente no contexto da UTI. Embora as diferenças entre os dois Cenários sejam multifatoriais, vale a reflexão para auto‐avaliação e compartilhar as melhores práticas.