Journal Information
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
PI 303
Full text access
TERAPIA COMBINADA NA COINFECÇÃO LV/HIV
Visits
1555
Igor Thiago Queiroz, Kleber Giovani Luz
a Hospital Giselda Trigueiro, Natal, RN, Brasil
b Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 26. Issue S1
More info
Introdução/Objetivos

A coinfecção LV/HIV é reconhecida mundialmente e as áreas de maiores incidências para tal coincidem com aquelas endêmicas para LV e que tem maiores prevalências de pessoas vivendo com HIV/AIDS. São doenças que somam negativamente a imunossupressão de cada uma, aumentando as chances de recidiva e de letalidade (especialmente no paciente com grave imunodepressão). Atualmente, o tratamento se baseia na administração de anfotericina B lipossomal (20-40 mg/Kg em 7-10 dias), seguida de profilaxia secundária com essa mesma droga (3-5 mg/Kg) a cada 2-4 semanas, até que se atinja um nível de LT CD4+ acima de 350 células/mm3, quando se considera que houve restauração imunológica do hospedeiro. No entanto, as recidivas e os óbitos por LV nos pacientes com HIV/AIDS continuam a ocorrer com grande frequência e a terapia combinada já é algo proposto em alguns países africanos e do sudeste asiático, com elevadas taxas de sucesso. Nesse estudo, pretendemos demonstrar nossa experiência com a terapia combinada em pacientes coinfectados LV/HIV.

Métodos

Estudo experimental observacional no qual dois pacientes adultos com coinfecção LV/HIV receberam tratamento combinado com anfotericina B lipossomal (3 mg/Kg/dia por 10 dias), antimonial pentavalente (20 mg/Kg/dia por 21 dias) e pentamidina (4 mg/Kg 3x/semana por 30 dias), sendo acompanhados clínica e laboratorialmente durante a internação hospitalar a respeito do surgimento de eventos adversos. Após a alta, os pacientes foram seguidos ambulatorialmente em uso de TARV e sem utilizar profilaxia secundária com anfotericina B lipossomal.

Resultados

Após 12 meses de seguimento, os pacientes não apresentaram recidiva da LV, evoluíram com melhora clínica (retorno do apetite, ganho de peso, diminuição do fígado e do baço), elevação de índices hematimétricos e melhora do estado nutricional, além de manter carga viral do HIV indetectada.

Conclusões

Ao se utilizar duas ou mais drogas anti-Leishmania como terapia combinada para a coinfecção LV/HIV, pretende-se diminuir o tempo de tratamento e a toxicidade medicamentosa a longo prazo, prevenir as recidivas e o surgimento de resistência parasitária, assim como melhorar a qualidade de vida do individuo acometido. Maiores estudos clínicos são necessários para se avaliar a real efetividade da associação de medicamentos para o tratamento de pacientes coinfectados LV/HIV.

Full text is only aviable in PDF
Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools