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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
ÁREA: TUBERCULOSE E OUTRAS INFECÇÕES MICOBACTERIANASPI 304
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ABSCESSOS ESPLÊNICOS COMO MANIFESTAÇÃO ISOLADA DE TUBERCULOSE EM INDIVÍDUO IMUNOCOMPETENTE
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Leonardo Cunha Gonçalvesa, Luiza Cunha Gonçalvesb, Maria Eduarda Galdino Palmériob, Arthur Cesário Netob, Adriana Rodrigues da Cunhac, Elmar Gonzaga Gonçalvesd
a Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil
b Faculdade de Medicina de Uberaba (Uniube), Uberaba, MG, Brasil
c Clima - Clínica de Imagem, Brasil
d Faculdade Medicina, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, MG, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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O aumento progressivo de pacientes imunocomprometidos por diferentes origens provocou o ressurgimento de tuberculose em várias regiões do mundo. Devido aos transtornos decorrentes de imunossupressão, formas extrapulmonares da tuberculose têm sido cada vez mais relatadas. Séries demonstram envolvimento abdominal em cerca de 10% desses pacientes. O comprometimento esplênico é uma forma rara de tuberculose abdominal, pode ser o único local de infecção ou concomitante a outros sítios abdominais. Em pacientes imunocompetentes a identificação de lesão esplênica por tuberculose torna-se ainda mais raro. Na ausência de casuísticas expressivas justifica-se a apresentação deste relato de caso devido suas peculiaridades e baixa referência na prática médica. Paciente sexo masculino, 42 anos de idade, hígido apresentando episódios esporádicos de febre e dor abdominal epigástrica e hipocôndrio esquerdo. Notava-se discreta esplenomegalia. Endoscopia digestiva normal. Ao exame ecográfico foram vistas várias pequenas imagens nodulares ligeiramente hipodensas dispersas no baço e avaliação por tomografia computadorizada revelou pequeninas imagens nodulares hipodensas restritas ao baço. O aspecto inferiu a possibilidade inicial de doença fúngica ou doença linfoproliferativa, porém não foi identificado qualquer fator imunossupressor neste paciente. A punção aspirativa revelou tratar-se de tuberculose esplênica. Em métodos de diagnóstico por imagem lesões micronodulares esplênicas de baixa densidade geralmente correspondem a doença fúngica (em especial candidíase) abscessos bacterianos ou linfomas, porém estas condições destacam-se em pacientes com algum fator predisponente ou avançados níveis de imunossupressão. Tem sido descrito em tuberculose lesões esplênicas associado a lesões do fígado e linfonodos abdominais decorrentes de disseminação miliar. Esporádicos casos de tuberculose esplênica isolada foram relatados, porém a maioria demonstra algum fator imunossupressor como desencadeante desta condição. Há controvérsias em relação ao tratamento, mas se não for possível estabelecer um diagnóstico exato após todas as investigações possíveis e disponíveis, a esplenectomia deve ser avaliada e, apesar de sua extrema raridade, a tuberculose deve ser considerada como um dos diagnósticos diferenciais em pacientes imunocompetentes que apresentam esplenomegalia, especialmente em áreas onde esta doença é predominante.

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