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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐299
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SURTO POR CRYPTOSPORIDIUM SPP EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: MEDIDAS DE CONTROLE
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Blenda Gonçalves Cabral, Jéssica Maia Storer, Cibelly da Silva R. Bono, Claudia M.D.M. Carrilho, Josiani Pascual, Marcos Toshiyuki Tanita, Jaqueline Dario Capobiango, Eduarda Gambini Beraldo, Renata Aparecida Belei, Renato Pereira Neto
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: O Cryptosporidium é um parasita causador de infecções recorrentes em animais, porém pesquisas recentes demonstram um aumento de infecções em seres humanos, principalmente pelas espécies Cryptosporidium parvum e C. hominis. A transmissão do protozoário ocorre por via fecal‐oral e está relacionada com a contaminação de água (piscinas, rios, lagos, abastecimento de água portável) e alimentos, sendo capaz de gerar surtos.

Objetivo: Relatar as medidas adotadas para controle do surto por Cryptosporidium spp em Unidade de Terapia Intensiva.

Metodologia: Relato de caso sobre um surto por Cryptosporidium spp. ocorrido em uma unidade de terapia intensiva de hospital público do norte do Paraná, no mês de outubro de 2020. O surto foi identificado após análise microbiológica de fezes (diarreia líquida) com frequência de até 11 evacuações ao dia em 5 pacientes. Para conter a transmissão do parasita, foram realizadas as seguintes medidas: 1) Investigação da qualidade da água administrada aos pacientes e local de estocagem; 2) Desinfecção terminal do setor, a fim de reduzir a disseminação do Cryptosporidium spp no ambiente; 3) Esterilização das bacias após cada banho no leito, até o término do surto; 4) Discussão com a equipe de enfermagem sobre a sequência e cuidados durante o banho para evitar a transmissão fecal‐oral; 5) Reforço na troca das luvas e higienização das mãos imediatamente após fazer a higiene íntima do paciente; 6) Intensificação da lavagem com água e sabão e desinfecção com álcool a 70% da comadre e urinol após cada uso; 7) Rigor no controle da água mineral ofertada aos pacientes; 8) Higienização rigorosa das mãos imediatamente antes de manipular o equipo e instalar a dieta enteral e 9) Intensificação do rigor na técnica da retirada da paramentação após cuidar de pacientes com precaução de contato; 10) Colocação de cartazes nos leitos com os cuidados a pacientes com diarreia.

Discussão/Conclusão: O surto de diarreia por Cryptosporidium spp acometeu 5 pacientes críticos e com dieta enteral e pode estar relacionado à quebra da técnica durante o banho (céfalo‐caudal), na higienização íntima feita nos pacientes evacuados, e por falha na limpeza e desinfecção da bacia usada nestas atividades, sendo transmitido a outros pacientes provavelmente durante a administração da dieta ou o banho. Após a realização das medidas de controle do surto não foi identificado nenhum outro paciente com diarreia, permanecendo apenas uma paciente do início do surto.

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