Journal Information
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 78-79 (December 2018)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 22. Issue S1.
11° Congresso Paulista de Infectologia
Pages 78-79 (December 2018)
EP‐087
Open Access
SURTO HOSPITALAR DE VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO EM UTI NEONATAL. QUAL O RISCO DE ADMITIR PACIENTES EXTERNOS?
Visits
4437
Lais Bomediano Souza, Emanuella Ribeiro, Fernando Silva, Marinice Duarte Ponte, Roberto Carvalho, Elisa Teixeira Mendes
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC‐Campinas), Campinas, SP, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Full Text

Data: 18/10/2018 ‐ Sala: TV 7 ‐ Horário: 13:58‐14:03 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)

Introdução: A bronquiolite viral aguda causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR) pode ser uma manifestação de alta gravidade em pacientes de UTI‐Neonatal. A ocorrência de um surto de VSR nesse grupo de risco está associada a vulnerabilidade dos recém‐nascidos (RN) prematuros internados na unidade. A região metropolitana de Campinas registrou em 2017 uma epidemia de VSR no período sazonal. O hospital notificou um surto de 44 neonatos, 32 desses vindos infectados da comunidade.

Objetivo: Investigar o surto de VSR da UTI‐Neonatal do hospital, comparar fatores de risco e prognóstico dos pacientes da comunidade com os infectados na instituição.

Metodologia: Coleta de dados a partir da avaliação de prontuários dos pacientes com lavado nasal positivo para VSR de abril a julho de 2017 no hospital e análise dos fatores clínicos, de gravidade e prognóstico dos dois grupos. Será feita análise estatística com qui‐quadrado nas variáveis categóricas e t de Student para as variáveis contínuas, para comparar o grupo de RNs vindo da comunidade (externos) e infectados no hospital (internos). Foi considerado como significativo p<0,05.

Resultado: Foram 44 pacientes com VSR no período, 32 externos e 12 internos. A idade gestacional média dos externos foi de 38 semanas e dois dias, enquanto a dos internos foi de 29 semanas e um dia (p<0,001), dos 12 RNs internos 61% foram prematuros extremos (p<0,001). O tempo de uso de ventilação mecânica e o tempo de internação foram maiores nos pacientes internos, ambos com significância estatística (0,03 e<0,001 respectivamente). A presença de comorbidades foi de 100% nos pacientes internos e 3,1% nos externos (p<0,001). Ocorreu um óbito associado a infecção no grupo dos pacientes internos (8,3%).

Discussão/conclusão: Pacientes provenientes da comunidade são, em sua maioria, nascidos a termo, sem comorbidades, e apresentaram evolução clínica mais favorável. Os neonatos infectados por VSR no hospital apresentam diversos fatores de risco para mau prognóstico, com 13,5% de mortalidade descritos na literatura. Portanto, é importante discutir a exposição desses prematuros de alto risco aos agentes infecciosos comunitários, principalmente virais.

Download PDF
The Brazilian Journal of Infectious Diseases
Article options
Tools