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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
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SURTO HOSPITALAR DE COVID‐19 NUMA ÁREA ADMINISTRATIVA DO INSTITUTO CENTRAL DO HC‐FMUSP
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Thaís Guimarães, Icaro Boszczowski, Ingra Morales, Laína Bubach Carvalho, Suely Luzia dos Santos, Luis Vicente L. Robles, Nuno Rodrigues Faria, Darlan da Silva Candido, Ester Sabino, Silvia Figueiredo Costa
Instituto Central (ICHC), Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Sessão: TEMAS LIVRES | Data: 02/12/2020 ‐ Sala: 2 ‐ Horário: 18:45‐18:55

Introdução: Profissionais da área da saúde atuam na linha de frente dos cuidados a pacientes com COVID‐19 e por isto são considerados grupos de alto risco. Entretanto, profissionais de áreas administrativas, mesmo que trabalhando em hospitais, são considerados de baixo risco para aquisição da doença.

Objetivo: Descrever um surto de COVID‐19 numa área administrativa de um hospital

Metodologia: Em 04/20 detectamos um cluster de casos no setor de arquivo médico. O ICHC transformou‐se em hospital de referência para COVID‐19 com 300 leitos de UTI e possui dois prédios independentes: um prédio de internação e um prédio de ambulatórios (PAMB). O setor de arquivo médico localiza‐se no PAMB e possui 99 profissionais que trabalham em 4 áreas fisicas separadas fisicamente. A CCIH, a Arquitetura e o Laboratório de Virologia iniciaram a investigação do surto. Todos os casos foram confirmados através de RT‐PCR e os positivos foram submetidos a sequenciamento genético.

Resultados: 36/99 (36,3%) dos profissionais apresentaram sintomas respiratórios e todos testaram positivos para SARS‐CoV2, sendo 28 num período de 7 dias e foram afastados do trabalho. Após a detecção do surto, a CCIH iniciou medidas para contenção como: limpeza das áreas, disponibilidade de alcool gel nas estações de trabalho, uso de máscaras pelos profissionais administrativos que até então não era obrigatório, barreiras acrílicas nas áreas de recepção, abertura das janelas e condicionamento do ar, distanciamento social nas estações de trabalho e orientações sobre a transmissão da doença. 20/36 amostras foram sequenciadas e obtidas cobertura do genoma>75%. O percentual de leituras mapeadas variou de 75 a 97% com amostras majoritárias com cobertura de genoma em torno de 88% que evidenciaram a presença de 2 clusters.

Discussão/Conclusão: Pudemos detectar que o surto poderia ter sido evitado se os profissionais usassem máscaras desde o início da pandemia. O uso de máscaras foi inicialmente direcionado apenas a profissionais de saúde e, infelizmente, após a detecção do surto, fornecemos máscaras a todos os funcionários do hospital. Também notamos que as estações de trabalho eram muito próximas, especialmente nas áreas do arquivo médico e faturamento onde circulou o cluster 1, comprovando a transmissão hospitalar. Ressaltamos a importância do distanciamento social no trabalho, do uso de máscaras e do sistema de ventilação na disseminação do vírus. Atenção deve ser dada a área administrativa que também pode se contaminar mesmo sem contato direto com pacientes.

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