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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
ÁREA: MICROBIOLOGIAEP‐337
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SOROPREVALÊNCIA DE ANTICORPOS ANTI‐COXIELLA BURNETII EM PACIENTES COM SUSPEITA DE DENGUE NO ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL
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Igor Rosa Meurer, Marcio Roberto Silva, Marcos Vinícius Ferreira Silva, Ana Íris de Lima Duré, Talita Émile Ribeiro Adelino, Alana Vitor Barbosa da Costa, Chislene Pereira Vanelli, Tatiana Rozental, Elba Regina Sampaio De Lemos, José Otávio do Amaral Corrêa
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, JF, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Ag. Financiadora: FAPEMIG/PPSUS

Nr. Processo: APQ‐04335‐17

Introdução: A febre Q é uma zoonose de distribuição mundial causada pelo patógeno Coxiella burnetii, uma bactéria que além de apresentar resistência e estabilidade ambiental é um dos agentes mais infecciosos ao ser humano. A infecção em humanos apresenta um amplo espectro de manifestações, desde casos assintomáticos até complicações graves e fatais. Por apresentar um quadro clínico semelhante à dengue na fase aguda, associado ao seu desconhecimento por parte dos profissionais de saúde, casos de febre Q podem estar sendo equivocadamente diagnosticados e tratados como dengue. Fato este, que aumenta os custos do sistema público de saúde assim como o risco da febre Q crônica, especialmente em pacientes com lesão de válvula cardíaca e imunocomprometidos.

Objetivo: Investigar a soroprevalência de anticorpos anti‐Coxiella burnetii em pacientes com suspeita de dengue no estado de Minas Gerais, Brasil e descrever o perfil epidemiológico dos sororreativos.

Metodologia: Entre janeiro de 2017 a agosto de 2018 foram selecionadas 437 amostras de pacientes com suspeita de dengue, coletadas entre 1 e 10 dias de sintomas, que apresentaram resultados sorológicos negativos, e oriundas de diferentes municípios de Minas Gerais. Os testes realizados para investigação da presença de anticorpos das classes IgM (fase I e II) e IgG (fase I e II) anti‐C. burnetii e da presença de DNA de C. burnetii, no soro dos pacientes, foram respectivamente, imunofluorescência indireta (IFI) e reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR).

Resultados: Entre as amostras analisadas, 25 (5,72%) foram reativas para pelo menos uma classe de anticorpos anti‐C. burnetii (título ≥16 e ≤128). Adicionalmente, não foi detectado DNA de C. burnetii nas amostras analisadas. O perfil epidemiológico dos pacientes sororreativos é descrito como sendo do sexo feminino (60%), com a faixa etária estratificada de “40 a 49 anos” (20%) e “50 a 59 anos” (20%), com raça/cor branca (28%). Além disso, 12,50% e 5,19% dos pacientes que residem na zona rural e na zona urbana foram reativos, respectivamente.

Discussão/Conclusão: Esses resultados indicam que 5,72% dos pacientes tiveram exposição prévia ao patógeno causador da febre Q e que residir na zona rural aumentam as chances de exposição. Portanto, esse patógeno apresenta circulação no estado de Minas Gerais, indicando a necessidade da realização de medidas de investigação, controle e prevenção da febre Q no Brasil, onde ela ainda é negligenciada e subnotificada.

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