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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 034
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SONICAÇÃO COMO UMA FERRAMENTA PARA ROMPER BIOFILMES E RECUPERAR MICRORGANISMOS EM CATETERES VESICAIS
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Felipe Francisco Bondan Tuon, Victoria Ribeiro, Juliette Cieslinski, Camila Lima, Leticia Kraft, Paula Suss, Joao Telles
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, PR, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução

O uso de cateter vesical é um importante fator de risco para o desenvolvimento de infecções do trato urinário devido à carga de microrganismos relacionada ao tempo de uso. Quando um cateter urinário é inserido, ele pode se tornar colonizado por microrganismos que produzem biofilme. Considerando estes aspectos e a escassa literatura sobre microrganismos associados ao trato urinário e biofilme de cateter vesical, buscamos avaliar a capacidade de recuperação de microrganismos estritos, facultativos e aeróbios em pacientes que usam cateteres vesicais em unidades de terapia intensiva (UTI) usando cultura convencional, sonicação, análise urinária e espectrometria de massa.

Métodos

Estudo retrospectivo com amostras de urina e cateter vesical de 29 pacientes internados na UTI do Hospital Universitário Cajuru entre agosto e setembro de 2018. A inclusão da amostra foi por conveniência. Após a recuperação, o cateter foi sonicado a 40kHZ a 37°C por cinco minutos. O líquido sonicado e a urina foram semeados em ágar Anaerinsol-S (Probac do Brasil, São Paulo, Brasil) para cultura de microrganismos anaeróbicos estritos e ágar sangue (Laborclin - A Solabia Group, Pinhais, Brasil) para cultura de microrganismos anaeróbios e aeróbios facultativos (por 72h e 48h a 36 ° C, respectivamente). Este estudo avaliou a prevalência desses microrganismos, mas não a associação com a confirmação de infecção do trato urinário. A identificação foi realizada usando espectrometria de massa (MALDI-TOF).

Resultados

Nosso estudo mostrou uma taxa de positividade mais baixa na urina do que em cateteres para microrganismos anaeróbios estritos. Apenas 3,4% das amostras de urina mostraram crescimento anaeróbio, enquanto 13,8% das amostras de cateter foram positivas para microrganismos anaeróbicos estritos na cultura. Para microrganismos anaeróbios e aeróbios facultativos, apenas 41,4% das amostras de urina apresentaram crescimento aeróbio, enquanto 72,4% das amostras de cateter foram positivas na cultura.

Conclusões

A taxa de positividade nas amostras de urina (n = 2, 3,4%) foi menor do que de cateteres sonicados (n = 7, 13,8%). A sonicação de cateter vesical mostrou resultados de cultura maior incidência de culturas positivas que as culturas de urina para microrganismos anaeróbios e aeróbios. A real patogenicidade desses microrganismos não foi avaliada, mas a maior positividade da cultura de sonicados sugere que esses microrganismos podem estar associados com biofilme.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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