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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐269
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SÍNDROME DE DESMIELINIZAÇÃO OSMÓTICA EM PACIENTE COM CYSTOISOSPORÍASE
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Esmailyn Castillo Santana, Cristiane da Cruz Lamas, Marco Antonio S.D. de Lima
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A Síndrome de Desmielinização Osmótica (SDO) é caracterizada por edema e desmielinização da ponte e áreas extrapontinas resultante, na maioria dos casos, de hiponatremia ou de sua rápida correção. Outros fatores predisponentes incluem doença clínica subjacente grave, deficiência nutricional, e abuso de álcool.

Objetivo: Relatar caso de um paciente que apresentou a SDO secundária a Cystoisospora intestinal relacionada à rápida reposição de sódio em SIDA avançada.

Metodologia: Masculino, 34 anos, HIV+ (CV: 10.691 cópias e CD4: 288 células). Interna, transferido de uma UPA, por quadro de dor abdominal, vômitos, diarreia de mais de 30 dias e acidose metabólica. Exames da admissão: Na: 153 mEq/L, K: 1,9 mEq/L, gasometria: pH: 7,46; pCO2:15,1; HCO3: 11,4. Algumas horas após a admissão apresentou espasmo muscular em face, membros superiores e inferiores; posteriormente crise convulsiva tônico‐clônica generalizada e queda do nível de consciência sendo transferido para o CTI, onde foi intubado e posteriormente traqueostomizado. TC de crânio: imagens hipodensas simétricas em tálamo, cápsula interna e córtex sugestiva de mielinólise pontina e extrapontina. O paciente mantinha diarreia, com pesquisa de coccideos positiva para Cystoisospora belli, iniciado sulfametoxazol‐trimetoprima e corrigida a perda de liquidos e eletrólitos. Posteriormente evoluiu com uma PAV, isolando Klebsiella pneumoniae. Após várias semanas, apresentou melhora do estado geral, porém mantendo sequelas neurológicas importantes, melhorando progressivamente com fisioterapia. Devido a melhora evolutiva do quadro recebeu alta para a enfermaria e posteriormente hospitalar em acompanhamento ambulatorial.

Discussão/Conclusão: Este caso confirma a importância da realização de cálculos adequados para a reposição de eletrólitos, assim como do diagnóstico etiológico precoce e tratamento apropriado da diarreia em pacientes imunosuprimidos, devido à susceptibilidade que estes apresentam a patógenos oportunistas como Cystoisospora belli. Prevenindo dessa forma complicações como a SDO e/ou diminuindo o tempo de recuperação e os deficits neurológicos residuais uma vez instaurada.

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