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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐268
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LINFO‐HISTIOCITOSE HEMOFAGOCÍTICA EM PACIENTE RECÉM DIAGNOSTICADO COM HIV
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Bárbara Ferreira dos Santos, Cassia Fernanda Estofolete, Celia Franco, Irineu Luiz Maia, João Pedro Izidoro Gomes, Rodrigo Arutin Ferreira
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), São José do Rio Preto, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A linfo‐histiocitose hemofagocítica é uma condição grave e rara, caracterizada por hiperinflamação e ativação patológica de macrófagos e células T citotóxicas. A forma primária, causada por mutações que afetam a citotoxicidade dos linfócitos e a regulação imunológica, é mais comum em crianças, enquanto a forma secundária, comumente desencadeada por infecções, doenças malignas ou doenças autoinflamatórias/autoimunes, é mais frequente em adultos.

Objetivo: Discutir a importância do diagnóstico e tratamento precoce da linfo‐histiocitose hemofagocítica.

Metodologia: Aqui, nós descrevemos um caso de linfo‐histiocitose hemofagocítica associada a infecção pelo HIV. Trata‐se de um paciente do sexo masculino, 27 anos, com diagnóstico há 1 semana de HIV (LT‐CD4+ 11 celulas/μl; Carga viral HIV 59294 cópias/mL), admitido com queixa de febre vespertina há 30 dias, associada à tosse seca e síndrome consumptiva. Ao exame físico, paciente em regular estado geral, emagrecido, presença de placas esbranquiçadas em língua e palato, fígado palpável a 3cm do rebordo costal. Exames complementares demonstraram pancitopenia, desidrogenase láctica 2474 UI/L, hiperferritinemia 64453 ng/mL. A tomografia de tórax e abdome evidenciou padrão de múltiplos nódulos milimétricos sólidos de distribuição randômica, esparsos pelo parênquima pulmonar e esplenomegalia. A hipótese de linfo‐histiocitose hemofagocítica secundária a infecção foi aventada. A biopsia de medula óssea evidenciou hemofagocitose, com macrófagos infiltrados com parasitas intracelulares, sugestivos de leishmania ou histoplasma. Foi iniciado precocemente o tratamento com anfotericina B deoxicolato e terapia antirretroviral, com importante melhora clínica do paciente.

Discussão/Conclusão: As infecções são conhecidos gatilhos para hiperativação imune. Os pacientes geralmente apresentam febre recorrente, citopenias, disfunção hepática e uma síndrome semelhante à sepse que pode progredir rapidamente para falência terminal de múltiplos órgãos. O diagnóstico precoce pode evitar danos irreversíveis e desfecho desfavorável, sendo a hiperferritinemia um sinal para diagnóstico diferencial. O prognóstico da síndrome em pacientes com HIV tem sido favorecido pelo tratamento antirretroviral altamente ativo, mas o tratamento de outras patologias concomitantes é fundamental. Assim, pacientes com linfo‐histocitose hemofagocítica devem ser diagnosticados e tratados o mais precoce possível, para que desfechos desfavoráveis possam ser evitados.

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