Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 8 ‐ Horário: 10:44‐10:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: A sífilis é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível, considerada como grande problema de saúde pública. Mesmo com exames diagnósticos e tratamento com custos relativamente baixos à disposição e que seja um agravo 100% prevenível, o controle e a eliminação ainda se configuram como um desafio, principalmente quando se trata de sífilis em gestantes. Uma das principais preocupações se dá com relação à sífilis congênita (SC). A maioria dos estudos evidencia falha no acompanhamento de pré‐natal e baixa qualidade. Diante do exposto, o presente estudo é relevante se tivermos em vista a importância de se implantar uma busca ativa de casos e criar instrumentos para monitoramento das gestantes com sífilis e seus parceiros, para tratamento adequado de ambos, em tempo oportuno. Contribui, portanto, para redução dos casos de sífilis congênita no município.
Objetivo: Avaliar a eficácia da busca ativa de casos com um instrumento de vigilância de tratamento no pré‐natal de gestantes com sífilis e seus respectivos parceiros sexuais, acompanhados pelo serviço de infectologia no município de Itanhaém, SP.
Metodologia: Estudo de coorte, tipo observacional, transversal, no qual foram avaliados 30 prontuários de pacientes com diagnóstico de sífilis na gestação, comparados dados referentes ao pré‐natal e pós‐parto antes e depois da implantação do instrumento de vigilância, de gestantes e seus parceiros. A busca foi implantada em setembro de 2016, no centro de infectologia de Itanhaém, SP. Foram dois instrumentos implantados. O primeiro, para monitoramento do tratamento das gestantes com sífilis e seus parceiros (ficha pautada) e o segundo, planilha com dados mais completos do pré‐natal.
Resultado: Houve uma melhoria significativa de tratamento adequado de sífilis após da implantação do instrumento, passou de 33,3% para 80%. Melhoria no acompanhamento e monitoramento durante o pré‐natal dessas gestantes. Observada melhoria nos registros e no tratamento dos parceiros, passou de 33,3% para 68,8%. Observada melhoria significativa dos valores de VDRL do RN, com redução de 33,3% para 73,3% dos casos.
Discussão/conclusão: Após implantação, houve melhoria da qualidade e monitoramento do pré‐natal, mais buscas ativas, mais tratamento de parceiros, melhoria nos registros, aumento de tratamentos adequados contribuem para a redução dos valores de VDRL do RN no parto ao estabelecer medidas simples e instrumentos facilitadores para vigilância do tratamento e pré‐natal.