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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 167
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SÍFILIS GESTACIONAL E CONGÊNITA EM PERNAMBUCO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO ANO DE 2019
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Kethelin Pinto Guedes, Alessandra Nunes Farias, Antônia Victória Fernandes, Lis de Lima Calheiros, José Lancart de Lima
Faculdade de Medicina de Olinda (FMO), Olinda, PE, Brasil
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Introdução/Objetivo

A sífilis é uma doença infecciosa, sexualmente transmissível, e seu agente etiológico é a espiroqueta Treponema pallidum. Existem quatro estágios clínicos da sífilis, que são a sífilis primaria, secundária, terciária e a neurossífilis. Ademais, há a sífilis latente, que é assintomática. Assim, a infecção durante a gestação é recorrente, e a taxa de transmissão vertical é alta, acarretando à sífilis congênita. Desse modo, quando não tratada ou tratada incorretamente traz grandes prejuízos para o concepto, como aborto, óbito, e diversas sequelas para a criança que se manifestam até seus dois anos de vida. Portanto, o objetivo desse artigo foi analisar a prevalência de sífilis gestacional e sua relação com a sífilis congênita no Pernambuco no ano de 2019.

Métodos

Trata-se de um estudo transversal, que utilizou dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), tabulados pelo Tabnet do Datasus, referentes aos casos de sífilis gestacional e sífilis congênita notificados no Pernambuco no ano de 2019. Para a investigação, foram designadas variáveis sociodemográficas, como idade e escolaridade, além de variáveis clínico-epidemiológicas, como idade gestacional, pré-natal e tratamento.

Resultados

No ano de 2019, foram registrados 3.019 casos de gestantes com sífilis no Pernambuco. Destes, 52,2% foram identificados no 3º trimestre e a faixa etária mais acometida foi de 20 a 29 anos (54,2%). Ademais, observamos que mulheres com baixa escolaridade são mais infectadas, sendo 21,9% com ensino fundamental incompleto (5º a 8º série). Esses dados nos sugerem que a falta de conhecimento pode ser um fator para a disseminação da doença. Além disso, 23,8% dos casos foram de sífilis primária, com pior prognóstico para o concepto. Os casos de sífilis congênita em menores de 1 ano contabilizam um total de 1.761 casos, o que equivale à 58,3% dos casos de sífilis em gestantes. Desses, 78,2% faziam acompanhamento pré-natal e 64,9% trataram inadequadamente. A alta taxa de sífilis congênita pode ter como principal fator agravante o tratamento inadequado das gestantes infectadas.

Conclusão

Portanto, diante do alto índice de sífilis em gestantes tratadas inadequadamente e a ocorrência de casos de sífilis congênita, é necessário a implementação de programas educacionais sobre a importância da prevenção e tratamento adequado da sífilis durante a gestação, inclusive com envolvimento dos parceiros, para evitar possíveis agravos ao concepto.

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