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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
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Vol. 26. Issue S1.
(January 2022)
EP 166
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SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA BAHIA ENTRE 2011 E 2020: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
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Milena Gama Chavesa, Tatiana Cibelle de Souza Silvaa, João Marcelo Leite de Fariaa, Elias Santos Guerrab, Luiza Helena Castro Souza Lopoa
a Centro Universitário UniFTC, Salvador, BA, Brasil
b Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 26. Issue S1
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Introdução/Objetivo

A sífilis congênita é um uma doença causada pela disseminação da bactéria Treponema pallidum da mãe para o feto e, segundo a OMS, constitui causa importante de óbito fetal, baixo peso ao nascer e infecção neonatal grave. Apesar de ser um agravo evitável, isso dependerá das condições do atendimento no período neonatal, bem como dos determinantes sociais da comunidade onde os casos são incidentes, ao longo do tempo. O presente estudo tem como objetivo descrever a evolução epidemiológica da sífilis congênita ao longo de 10 anos.

Métodos

Estudo epidemiológico, observacional, transversal e retrospectivo de caráter descritivo realizado através da coleta de dados secundários por meio do levantamento dos casos confirmados de sífilis congênita, datando de 1º de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2020 com taxas de prevalência e mortalidade disponibilizados pela Superintendência de Proteção e Vigilância em Saúde (Suvisa),

Resultados

No Estado da Bahia, entre 2011 e 2020, registrou-se 13.049 casos de sífilis congênita. De 2011 a 2016 houve um aumento progressivo anual de notificações, saindo de 4,2% (n = 557) em 2011 e atingindo 13,7% (n = 1.796) em 2016. Após essa crescente, percebeu-se pequena diminuição do número em 2017. O maior índice registrado durante o período estabelecido ocorreu em 2018 com 14,4% (n = 1.878) do total de casos, o qual antecipou decréscimos nos anos seguintes. Com relação a evolução da doença observou-se que 97,7% (n = 10.829) dos indivíduos seguiram vivos após o diagnóstico da doença e 1,5% (n = 168) evoluíram para óbito pelo agravo notificado. O menor índice de mortalidade registrado ocorreu em 2020 com 7 mortes por sífilis congênita e o maior deu-se em 2013 com 28 falecidos pelo agravo. Durante esse intervalo estudado 0,6% (n = 71) dos indivíduos diagnosticado com sífilis congênitas evoluíram para óbito por outras causas não relacionadas com a doença em estudo.

Conclusão

Evidenciou nesse período um aumento de notificações nos anos de 2011 e 2016 no estado da Bahia, por conta de um precário atendimento de pré-natal, principalmente no diagnóstico, que muitas vezes a gestante só é diagnosticada no momento do parto e no tratamento inadequado tanto para a gestante e o parceiro, afetando diretamente o controle da transmissão vertical da sífilis. Além disso, outro fator que afeta diretamente a subida dos casos de sífilis congênita é a baixa adesão dos programas de prevenção o que resulta em uma baixa eficácia perante a população.

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