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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
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Vol. 26. Issue S2.
(September 2022)
EP-189
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SARCOMA DE KAPOSI OCULAR COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DA SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
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Victória Spínola Duarte de Oliveira, Christini Takemi Emori, Raquel Cordeiro Mendes, Evelyn Lepka de Lima, Gabriela Trindade Calixto, Ana Luiza Castro Conde Toscano
Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 26. Issue S2
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Introdução

O Sarcoma de Kaposi (SK) ocular é uma manifestação rara na apresentação inicial do diagnóstico da infecção por HIV.

Objetivo

Descrever um caso de SK em uma paciente previamente não diagnosticado com HIV.

Método

Relato de caso.

Resultados

Paciente masculino, 23 anos, pardo, natural e residente em São Paulo -SP, procurou pronto atendimento por dispneia, tosse seca, febre e perda ponderal há dois meses, além de lesões nodulares e violáceas em membros e tronco, e no olho esquerdo, causando hiperemia e embaçamento visual desse lado pelo mesmo período. No exame físico da admissão, apresentava-se com massa ocular violácea em olho esquerdo, hiperemia conjuntival, lesões cutâneas em membros superiores, além de taquidispneia e dessaturação. Durante a investigação diagnóstica, por achados laboratoriais (hipoxemia, aumento sérico de DHL) associado a achados tomográficos (infiltrado difuso do tipo vidro fosco), recebe diagnóstico de pneumocistose, e solicitado anti-HIV (teste rápido), cujo resultado foi positivo. Foi internado para tratamento com Sulfametoxazol-Trimetoprim por 21 dias e suporte de O2 não invasivo, com melhora clínica subsequente, recebeu alta e foi encaminhado para seguimento ambulatorial. No entanto, retorna ao serviço de pronto atendimento por piora das queixas oculares- turvação visual, hiperemia conjuntival e aumento da massa em olho esquerdo, além de edema, calor e rubor à montante. Aventada hipótese de SK cutâneo e ocular com infecção bacteriana secundária, confirmado através da biópsia de lesão cutânea, e achados tomográficos que sugeriram celulite periorbitária concomitante. Realizada antibioticoterapia com Oxacilina e estadiamento do SK com broncoscopia. Foram encontrados achados de disseminação da doença (em árvore brônquica e trato gastrointestinal). Iniciada quimioterapia durante a internação com Vincristina, Doxorrubicina e Bleomicina e melhora importante das lesões.

Conclusão

Dado a gravidade da apresentação com desfechos desfavoráveis em diagnóstico tardio, esse caso ilustra a importância de suspeitar de SK ocular em paciente com hemorragia conjuntival e massa ocular e sua correlação com HIV/AIDS.

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