A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ainda se configura como um grande problema de saúde pública mundial, visto que pode causar a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) e, consequentemente, ocorrência de doenças oportunistas. O cenário nacional, quanto ao HIV, ainda é profundamente atrelado a estigmas e sofre constante alterações, refletidas na modificação do perfil epidemiológico das pessoas vivendo com esse vírus.
ObjetivoAssim, propõe-se analisar a incidência das infecções por HIV durante os anos de 2010 a 2021.
MétodoTrata-se de um estudo epidemiológico descritivo observacional, baseado em dados provenientes dos Boletins Epidemiológicos de Hanseníase da Secretaria de Vigilância em Saúde, oriundos do Sistema de Informações de Agravos de Notificações do Sistema Único de Saúde (SINAN/DATASUS), além de dados quantitativos populacionais, de 2010 a 2021, provenientes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As variáveis coletadas foram o número de casos de infecção por HIV totais e de acordo com as 5 regiões do país entre 2010 e 2021.
ResultadosConstataram-se 355868 casos de HIV no Brasil entre o período de 2010 a 2021, sendo que o ano de 2018 configurou-se como o ano com a maior porcentagem de casos confirmados (12,84%). Com relação aos dados analisados, constatou-se que a região Nordeste apresentou a maior porcentagem de casos de HIV (20,67%) entre 2010 e 2021. Foi observado um aumento da incidência de infecção por HIV, passando de 5,69 casos por 100.000 habitantes em 2010 para 21,92 em 2018. Entretanto, evidenciou-se uma queda abrupta da incidência em 2020 e 2021 que passou, respectivamente, para 15,44 e 7,13, devido a uma provável subnotificação dos casos, decorrente da pandemia de COVID-19.
ConclusãoDessa forma, por meio do levantamento desses dados conclui-se que há necessidade de fortalecimento da capacidade dos sistemas de Vigilância Epidemiológica com relação a estratégia de saúde, além de identificação dos fatores de risco e de investimento em recursos midiáticos que informem a população acerca das formas de transmissão do HIV, conferindo mecanismos efetivos e aplicáveis de prevenção e assistência, para que assim seja possível uma redução efetiva do número de casos dessas infecções.