Data: 19/10/2018 ‐ Sala: TV 3 ‐ Horário: 10:44‐10:49 ‐ Forma de Apresentação: E‐pôster (pôster eletrônico)
Introdução: A sala de espera do ambulatório é um espaço que permite a troca de experiências e de saberes, na qual se observa o sentimento de pertencimento. Assim, é possível difundir o conhecimento em relação ao atendimento, tratamento ou situações do cotidiano diante do diagnóstico de HIV/Aids e outras doenças infectocontagiosas.
Objetivo: Proporcionar atividade socioeducativa que reflita os interesses coletivos na democratização das informações sobre prevenção, promoção e reabilitação à saúde.
Metodologia: As atividades ocorrem semanalmente, por meio de paletras no ambulatório de um centro de referência em doenças infectocontagiosas, de manhã e à tarde, coordenadas pelo Serviço Social com apoio da equipe multiprofissional: médica, nutrição, enfermagem, fonoaudiologia, fisioterapia, farmácia, psicologia, odontologia e outras instituições. Foram selecionadas as atividades desenvolvidas de manhã de janeiro a novembro de 2017. Nas especificidades de cada área, profissional promove o debate sobre os temas sugeridos pelos usuários, por meio do formulário entregue durante os encontros, com a avaliação do grau de satisfação classificadas como bom, ruim e regular.
Resultado: Foram feitos 38 encontros com 531 usuários e índice de satisfação bom (86,25%). Os temas discutidos com índice de satisfação bom foram distribuídos por categorias e destacaram‐se: nutrição (95%); rotinas e fluxos do ambulatório (81,36%); direitos sociais/previdenciários (81%) e prevenção/diagnóstico/tratamento (75,39%). Na sugestão dos usuários constatou‐se a necessidade de ampliar informações sobre os temas: “hepatites e HIV, como se transmitem” (SIC) e “paletras sobre alimentação é essencial, deve‐se falar também sobre os direitos dos pacientes” (SIC).
Discussão/conclusão: Nota‐se que a ampliação do conceito de saúde vai além da ausência de doença. A troca de informações, experiências e o sentimento de pertencimento fazem da sala de espera o local para apropriação de informações na redução de riscos e agravos à saúde, segundo o usuário: “abre mais esclarecimento e tira dúvidas que temos constrangimentos de perguntar ao próprio médico” (SIC). Logo, dar visibilidade às necessidades do usuário facilita na adesão ao tratamento. O espaço construído em uma atividade socioeducativa contribui para a identificação de necessidades e melhorias na área administrativa, assistencial e na relação entre o profissional e usuário.