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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐088
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RELATO DE CASO ‐ SÍNDROME DE KAWASAKI LIKE EM PACIENTE COM SUSPEITA DE MENINGITE
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Melina Tavares Di Trani, Lais Aparecida Branco Zanchetta, Letícia Rufino Artuso, Mariana Longo Moraes, Mariana Santos Teixeira, Saulo Duarte Passos, Marcia Borges Machado
Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite rara caracterizada pela presença de febre alta persistente, exantema, linfadenopatia, hiperemia conjuntival, alterações nas mucosas e nas extremidades. Recentemente, observou‐se o aparecimento da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM‐P), a qual compartilha características clínicas e laboratoriais com a DK. Estes casos normalmente ocorrem dias ou semanas após a infecção pelo SARS‐COV‐2, sendo denominados de Síndrome de Kawasaki Like.

Objetivo: Relatar um caso de lactente de 9 meses com diagnóstico de Síndrome de Kawasaki Like possivelmente associada à COVID19.

Metodologia: Paciente feminina, 9 meses, iniciou há uma semana quadro de prostração, coriza hialina, obstrução nasal e febre, com suspeita inicial de bronquiolite. Devido a persistência dos sintomas, procurou atendimento em UBS, na qual foi diagnosticada com pneumonia e tratada com amoxicilina. Paciente evoluiu com rash cutâneo, sem prurido, de início em tronco e abdome, que se estendeu para face e membros. Também apresentava febre, diarreia, recusa alimentar e respiração ofegante, procurando o pronto socorro. Pai teve contato recente com suspeitos de COVID. No exame físico foi identificado exantema, roncos pulmonares, irritabilidade intensa, sem sinais meníngeos. Exames laboratoriais demonstraram anemia, leucocitose, neutrofilia com desvio à esquerda, aumento de PCR e hemoculturas negativas. Sob a suspeita de meningite, foi realizada coleta de líquor, que não mostrou alterações. Durante a internação, evoluiu com descamação dos lábios, edema em pés e gânglios palpáveis em região retroauricular. No raio‐x identificou‐se infiltrado intersticial e condensação. O ecocardiograma revelou sinais de pericardite e derrame pericárdico. O resultado do RT‐PCR para SARS‐COV2 foi negativo e teste rápido IgG/IgM positivo. Iniciou tratamento com imunoglobulina, AAS e Ceftriaxona, com melhora gradativa do quadro, recebendo alta após 5 dias internada.

Discussão/Conclusão: O episódio prévio de infecções de vias aéreas e a evolução do quadro com manifestações clínicas semelhantes à meningite, ocasionaram uma dificuldade no diagnóstico e na conduta do caso. O principal desafio na Síndrome de Kawasaki é o diagnóstico precoce, uma vez que o início do tratamento nos primeiros dias de sintomas altera a história natural da doença, ao diminuir os riscos de complicações, como aneurisma de coronária.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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