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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐087
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RELATO DE CASO ‐ SÍNDROME INFLAMATÓRIA MULTISSISTÊMICA PEDIÁTRICA ATÍPICA ASSOCIADA A ABDOME AGUDO
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Mariana Santos Teixeira, Lais Aparecida Branco Zanchetta, Letícia Rufino Artuso, Mariana Longo Moraes, Melina Tavares Di Trani, Saulo Duarte Passos, Marcia Borges Machado
Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Crianças infectadas pelo SARS‐CoV‐2 normalmente apresentam quadros leves, porém foram relatados casos raros da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM‐P). A SIM‐P é caracterizada por febre elevada e persistente, acompanhada de inflamação mucocutânea, hipotensão arterial ou choque, disfunção cardiológica, coagulopatia, manifestações gastrointestinais e marcadores de inflamação elevados, além da evidência de COVID‐19.

Objetivo: Relatar um caso de uma criança com diagnóstico de SIM‐P.

Metodologia: Paciente feminina, 7 anos, apresentou queixa de febre, associada a dor abdominal, odinofagia, rash cutâneo, vômitos e diarreia. Após cinco dias do início do quadro, devido intensa dor abdominal, 10/10, buscou o pronto socorro. Ao exame físico apresentava taquicardia, taquipneia, exantema, hiperemia em conjuntivas e em orofaringe, abdome doloroso em fossas ilíacas, com descompressão brusca positiva. Optou‐se pela realização de apendicectomia sob suspeita de apendicite, sendo identificada apenas adenite mesentérica. Um dia após a cirurgia, evoluiu com oligúria, taquipneia, pulsos finos, saturação baixa e hipoatividade. Também foram observadas linfonodomegalia cervical dolorosa e hipertrofia de amígdalas com petéquias. Nesse contexto, iniciou‐se o protocolo de sepse. Os exames laboratoriais revelaram anemia, linfopenia, neutrofilia, hipoalbuminemia e elevação expressiva de DHL, VHS e PCR. A gasometria venosa indicou saturação de 59% e aumento de lactato. A TC de tórax demonstrou consolidação em vidro fosco, atelectasias e derrame pleural pericárdico. Foi encaminhada para a UTI pediátrica, sendo intubada e fez uso de dobutamina, ceftriaxona, dexametasona, azitromicina, imunoglobulina, albumina, furosemida e oseltamivir. Ainda, obtiveram dosagem de ferritina, dímero D e troponina bastante elevados e hemoculturas negativas. Após tratamento, evoluiu satisfatoriamente, recebendo alta hospitalar sem sequelas. Paciente negativo no exame de RT‐PCR e reagente para IgM/IgG no teste rápido para SARS‐CoV2.

Discussão/Conclusão: A SIM‐P possui manifestações clínicas e laboratoriais semelhantes a outras doenças, como sepse, Kawasaki e síndrome do choque tóxico. Também pode apresentar sintomas e sinais abdominais importantes, com elevações excessivas de marcadores inflamatórios, e simular um quadro de abdome agudo. Portanto, a exclusão dos possíveis diagnósticos diferenciais e a identificação da doença de forma precoce são essenciais para o tratamento eficiente dessa síndrome potencialmente fatal.

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