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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐086
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RELATO DE CASO ‐ SÍNDROME INFLAMATÓRIA MULTISSISTÊMICA PEDIÁTRICA EM PACIENTE PORTADORA DE MIELODISPLASIA COM CITOPENIAS REFRATÁRIAS
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Lais Aparecida Branco Zanchetta, Letícia Rufino Artuso, Mariana Longo Moraes, Mariana Santos Teixeira, Melina Tavares Di Trani, Saulo Duarte Passos, Marcia Borges Machado
Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Crianças e adolescentes infectados pelo SARS‐CoV‐2, apesar de apresentarem preferencialmente formas assintomáticas e oligossintomáticas da doença, podem desenvolver manifestações clínicas graves e potencialmente fatais. A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM‐P) consiste em febre persistente, marcadores de atividade inflamatória elevados e disfunção única ou múltipla de órgãos, além da evidência de COVID‐19.

Objetivo: Relatar um caso de uma adolescente de 15 anos, com síndrome mielodisplásica, diagnosticada com de SIM‐P.

Metodologia: Paciente feminina, 15 anos, com atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, portadora de mielodisplasia com citopenias refratárias. Histórico de TVP recente em uso de Varfarina. Há 6 dias, iniciou quadro de dor epigástrica intermitente, febre, hiporexia, exantema e vômitos, o que a fez buscar o pronto socorro. Também relatava atraso menstrual de 2 meses, levantando a hipótese inicial de gravidez, a qual foi descartada após BHCG negativo e USG de abdome sem indício de gestação. Os exames laboratoriais evidenciaram anemia, plaquetopenia importante, leucopenia, hipoalbuminemia, bem como aumento de creatinina, TGO/TGP, CK total, lactato e elevação expressiva de PCR e DHL. Notou‐se sinais de coagulopatia, com TP e TTPA alterados. No raio x de tórax foi identificado infiltrado intersticial e derrame pleural. O ecocardiograma revelou sinais de pericardite e derrame pericárdico. Um dia após a internação, paciente evoluiu com odinofagia, hipoatividade, irritabilidade, oligúria, taquicardia, tosse, queda de saturação, dispneia, esforço respiratório e foi encaminhada para UTI. Nesse contexto, foi realizado teste rápido para COVID, que resultou positivo. Foi tratada com oseltamivir, dexametasona, imunoglobulina intravenosa e anticoagulante sistêmico, além de outros medicamentos. Evoluiu satisfatoriamente e foi encaminhada para enfermaria. Foram coletadas amostras de hemocultura, as quais vieram negativas. Após estabilização do quadro, obteve alta, 1 mês após sua admissão.

Discussão/Conclusão: A SIM‐P foi relatada recentemente e ainda pouco se sabe sobre sua correlação com doenças autoimunes e crônicas, como no caso da síndrome mielodisplásica. É possível que as manifestações clínicas nesses casos sejam ainda mais graves. Portanto, a identificação da SIM‐P de forma precoce é fundamental para um melhor prognóstico, principalmente em pacientes imunocomprometidos.

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