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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐139
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RELAÇÃO DO PERFIL PLUVIOMÉTRICO COM A INCIDÊNCIA DE DENGUE NO ESTADO DE SÃO PAULO
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Beatriz Camargo Gazzi, Evelin Leonara Dias Da Silva, Maria Stella Amorim C. Zöllner
Universidade de Taubaté (UNITAU), Taubaté, SP, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Desde 1986, o Brasil é assolado por sucessivas epidemias de dengue, culminando em sua dispersão geográfica, com importante impacto sobre a saúde coletiva. Esse é um agravo de notificação compulsória, cuja incidência depende tanto de fatores sócio‐políticos quanto climático‐ambientais. Por tratar‐se de uma arbovirose, é transmitida através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, cuja oviposição e desenvolvimento larvário ocorrem em locais de águas estagnadas. Isso justifica a repercussão dos índices pluviométricos e da variação de temperatura na taxa de infestação pelo inseto e, consequentemente, na ocorrência da dengue.

Objetivo: Sua incidência é dependente de uma série de fatores; assim, esse estudo, de caráter populacional‐longitudinal, objetiva analisar o impacto do índice pluviométrico nas notificações e casos confirmados dessa arbovirose. Dessa forma, medidas governamentais de prevenção e controle vetorial podem ser implementadas com maior eficácia.

Metodologia: Foram analisados os dados de notificação compulsória de dengue, disponíveis no site do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo e, os dados médios de precipitação interpolados espacialmente, para o mesmo estado, fornecidos pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos. Selecionamos dados mensais, referentes aos anos de 2015 a 2019, com o intuito de realizar uma análise gráfica, comparativa entre esses dois parâmetros nesse período.

Resultados: Analisando os dados, chegamos aos seguintes resultados: quanto aos meses mais chuvosos, destacamos janeiro, e, quanto aos menos chuvosos, julho, sendo que, dentre os anos estudados, o maior e o menor índices pluviométricos são, respectivamente, 2015 e 2019. Quanto à incidência de dengue no Estado de São Paulo, as flutuações percebidas não correspondem, reflexamente, às observadas nos dados climáticos. Ou seja, as maiores incidências dessa doença não coincidem com os meses mais chuvosos. Além disso, um padrão similar pôde ser observado no comparativo anual.

Discussão/Conclusão: Portanto, esse resultado ratifica a dengue como uma doença de ocorrência multifatorial, e não diretamente dependente apenas de aspectos climáticos e ambientais. Assim, demais variáveis são: a alta capacidade de adaptação do vetor as metrópoles; a urbanização desordenada e a falta de conscientização da população. Isso reflete no surgimento e permanência de focos que ultrapassam o alcance das ações de vigilância, perpetuando a histórica epidemia de dengue no país.

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