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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐193
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REAÇÃO HANSÊNICA EM UM PACIENTE COM CONINFECÇÃO HIV E HANSENÍASE
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Júlia Caroline A. Reis, Leanara Amaro Rocha, Rogerio Ribeiro D. Carvalho, Maiara Cristina F. Soares, Cristiane Menezes Silva, Harianne Gedeon B. Barroso
Centro de Medicina Tropical de Rondônia (CEMETRON), Porto Velho, RO, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa transmissível de caráter crônico, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae. O diagnóstico é essencialmente clínico. No Brasil, em 2018, foram notificados 28.660 casos novos de hanseníase, sendo o segundo país em número de casos novos registrados no mundo. Rondônia notificou em 2018, 741 casos novos, com uma taxa de detecção média de 40,63. Sendo assim classificada como hiperendêmica (>40 casos/100.000 habitantes). Considerando que a região Norte apresenta taxa de detecção de AIDS em crescimento, a coinfecção HIV e hanseníase deve ser considerado no estado do Rondônia.

Objetivo: Relatamos uma coinfecção HIV e hanseníase que manifestou quadro de reação hansênica como síndrome inflamatória da reconstituição imune.

Metodologia: Paciente L.F.A.C., 47 anos, feminino, natural e procedente de Guajará‐Mirim/RO, portadora do vírus HIV/AIDS, iniciada terapia antirretroviral (TARV), apresentando contagem de CD4 de 34. Após nove semanas de TARV, nova contagem de CD4 de 196, foi encaminhada ao Centro de Medicina Tropical de Rondônia, com placas eritematosas distribuídas por todo tegumento.

Resultados: Ao exame dermaneurológico, todas com sensibilidade térmica alteradas, exceto placa infiltrativa em hemiface esquerda compatível com reação reversa, ausente ptose e lagoftalmo. Além de espessamento do nervo ulnar esquerdo e neurite radial direito. Mãos e pés reacionais. Avaliação neurológica OMP1 grau I. Foi iniciado tratamento PQT/MB e corticosteróide.

Discussão/Conclusão: Neste caso, apresentamos uma pessoa vivendo com HIV/AIDS apresentando reação hansênica tipo I (Neurite, Reação reversa e Mãos e pés reacionais). Houve reação reversa como síndrome inflamatória da reconstituição imune, situação em que os antígenos associados à infecção conhecida persistente ou não‐replicantes de infecção prévia passam a ser reconhecidos. Desse modo, por se tratar de um caso grave, a paciente foi transferida a um hospital terciário para acompanhamento clínico, demonstrando que a magnitude e o alto poder incapacitante da hanseníase mantêm a doença como um problema de saúde pública. A principal medida de prevenção está justamente na detecção e tratamento precoce da doença, com objetivo de prevenir deficiências e incapacidades físicas. Os pacientes acometidos por hanseníase e HIV têm direito a atendimento e tratamento gratuito, de modo que o tratamento interrompe a transmissão de ambas.

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