12° Congresso Paulista de Infectologia
More infoIntrodução: A implementação do serviço da Profilaxia Pré‐Exposição (PrEP) é recente em Sergipe. Assim, o fornecimento de medidas que capacitem os profissionais envolvidos nesse cenário é de suma importância.
Objetivo: Avaliar o conhecimento dos estudantes de medicina e dos profissionais de saúde acerca da PrEP.
Metodologia: Trata‐se de um estudo transversal e descritivo. A coleta de dados foi realizada por meio de aplicação de questionário com profissionais da saúde do serviço de PrEP do Hospital Universitário de Sergipe e acadêmicos do 8° período de medicina. Os critérios de inclusão foram assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Resultados: Dos 33 estudantes que participaram desse estudo, 100% compareceram às atividades dos ambulatórios de Infectologia. Entre eles, 3 (9,1%) afirmaram terem participado de capacitações sobre a PrEP, os demais (30; 90,9%) não participaram de nenhuma. Em relação à sessão “Sobre o PrEP”: 30 (90,9%) alunos acertaram o que é a PrEP, 22 (66,7%) suas indicações, e 6 (18,2%) seus efeitos colaterais. 9 (27,3%) souberam dizer que é composto pelas drogas Tenofovir e Emtricitabina, mas 7 (21,2%) acreditavam que a composição da profilaxia era Tenofovir e Lamivudina. Os acadêmicos destacaram como pontos abordados mais importantes durante o atendimento: adesão ao tratamento, uso de preservativos e vacinação. Dos 20 profissionais de saúde, 19 (95%) souberam responder o que é PrEP, 16 (80%) suas indicações, 15 (75%) efeitos colaterais e 14 (70%) as drogas antirretrovirais que compõe a profilaxia. 13 (65%) compareceram às capacitações da equipe multidisciplinar. Dentre eles, apenas 1 (7,7%) enfermeiro não lembrava os efeitos colaterais e 1 (7,7%) técnico de enfermagem não acertou as indicações. Dos 7 (35%) profissionais que não receberam ou não compareceram ao treinamento, 4 (57,1%) eram médicos residentes, 2 (28,6%) técnicos de enfermagem e 1 (14,3%) psicólogo. Destes, 2 (28,6%) não sabiam qual era a composição, 4 (57,1%) erraram seus efeitos colaterais e 3 (42,9%) não sabiam relatar quais são os grupos de risco indicados para receber a PrEP.
Discussão/Conclusão: Nota‐se que a maioria dos profissionais participou de capacitações. Por outro lado, médicos residentes e graduandos não participaram de capacitações formais, mas são treinados constantemente durante suas atividades práticas. Logo, o resultado da análise dos dados pode ter sido modificado pelo momento da residência e, por conseguinte, pelo acúmulo de conhecimentos aprendidos durante os anos que compõe a especialização.