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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐133
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PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNE ASSOCIADA A INFECÇÃO PELO VÍRUS DA DENGUE
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Alexandre Mestre Tejo, Nicolas Basana Dias, Manuel Victor Sil Inácio, Walton Luiz Del Tedesco Jr.
Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, PR, Brasil
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Vol. 25. Issue S1

12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: Dengue permanece endêmica em mais de 100 países, com incidência crescente há 50 anos e estimativa de 100 milhões de casos anuais no mundo. O Brasil apresentou mais de 6,5 milhões de casos entre 2014‐2019, com novas hiperendemias todos os anos

Objetivo: Relatar dois casos de púrpura trombocitopenica imune após infecção pelo vírus da dengue em pacientes previamente hígidos

Metodologia: Caso 1: Masculino, 18 anos, hígido, diagnosticado com dengue, evoluiu com petéquias difusas e sufusão hemorrágica conjuntiva no 6° dia de doença, com contagem plaquetária 1.000/uL que se manteve após 15 dias de doença. Aventado hipótese de PTI e realizado mielograma, apresetando normalidade na série megacariocítica. Iniciada terapia com corticoide oral (Prednisona 2mg/kg/dia), com rápida recuperação dos níveis plaquetários. Caso 2: Feminina, 27 anos, gestante no 3° trimestre diagnosticada com dengue, apresentou epistaxe e petéquias no 6° dia do início da febre, com plaquetopenia de 3.000/uL, persistente até o 11° dia de doença. Iniciada corticoterapia oral (Prednisona 1mg/kg/dia) com melhora rápida dos níveis plaquetários

Discussão/Conclusão: O vírus da dengue apresenta tropismo por células endoteliais, cursando com aumento de permeabilidade capilar e extravasamento de plasma por neutralização de glicocálice. A trombocitopenia deriva da destruição plaquetária por imunocomplexos e é o marcador mais conhecido da doença. A trombocitopenia primária imune (PTI) é uma afecção autoimune caracterizada por destruição plaquetária e deriva da perda de tolerância a glicoproteínas expressas em megacariócitos, principalmente por estímulo imunogênico em sítio tecidual periférico. Evolui com hemorragia mucocutânea, púrpura em extremidades e fadiga. Remissão espontânea pode ocorrer, sendo possível abordagem conservadora. A PTI pós‐Dengue é descrita, a despeito da baixa prevalência. Os mecanismos não são completamente conhecidos, mas estão relacionados a ativação imune pela infecção viral, causando destruição das plaquetas e bloqueio da produção pelos megacariócitos. O tratamento é indicado somente em casos graves e consiste em uso de corticoide (Prednisona 1‐2mg/kg/dia). Imunoglobulina e esplenectomia podem ser necessários em casos refratários. Púrpura trombocitopênica imune após dengue é uma afecção rara, porém que aumenta sua incidência quando associada a períodos epidêmicos. Mais estudos são necessários para caracterizar sua real importância no curso da doença e compreender os casos que devem ser tratados, para evitar suas complicações.

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The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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