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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐256
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PROGNÓSTICO E FORMAS CLÍNICAS DE PACIENTES COM COINFECÇÃO TUBERCULOSE‐HIV E COM TUBERCULOSE: UMA COMPARAÇÃO
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Beatriz Gonçalves Luciano, Gabriel José Torres da Silva, Ana Laura Cavalcante Vasconcelos, Thiago José Matos Rocha
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Maceió, AL, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A Tuberculose (TB) é uma doença que afeta diversos órgãos e é causada por bactérias do complexo Mycobacterium tuberculosis, sendo endêmica do Brasil. Sua coinfecção com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é considerada a mais comum mundialmente. Apesar de seu impacto, os aspectos acerca da forma clínica e prognóstico de doentes com a coinfecção carecem de esclarecimento, motivando a pesquisa.

Objetivo: Comparar características quantitativas das formas clínicas e prognóstico de pacientes com coinfecção TB‐HIV, em relação aos que apresentam somente TB, no período de 10 anos.

Metodologia: Consiste em estudo observacional, retrospectivo, de cunho quantitativo, com análise do período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019 de dados epidemiológicos do Sistema de Notificações de Informações de Agravos de Notificações do SUS. Foram comparadas as variáveis: número de casos totais, classificação e forma clínica da doença. Foi utilizada estatística descritiva e análise de frequências relativa e absoluta.

Resultados: Foram notificados 881.486 de TB no período, dos quais 11% (n=97.286) testaram positivo para HIV, 63,8̈% (n=562.780) testaram negativo e 21,4% (n=188.915) não foram testados, evidenciando lacuna de testagem. Quanto ao desfecho, os coinfectados apresentaram taxa de cura de 44,5% (n=43.385), em comparação com 72,3% (n=407.154) de não coinfectados, porém tiveram maiores taxas de abandono do tratamento com 17,7% (n=17. 291) e óbito por TB 3,7% (n=3.665), se comparadas com 10% (n=56.540) e 2,5% (n=14.506) dos sem coinfecção. A maior morbimortalidade em portadores do HIV é corroborada por um estudo transversal realizado entre os anos de 2006 e 2015 no Sudeste do Brasil, que apontou a capacitação dos profissionais da atenção primária para o diagnóstico precoce da TB como alternativa para redução dos índices. Sobre a forma clínica, a forma pulmonar correspondeu a 85,6% (n=481.941) dos casos em não‐infectados pelo HIV e a 68,7% (n=66.880) do grupo coinfectado, enquanto que a soma das formas extrapulmonar e pulmonar+extrapulmonar foi de 14,3% (n=80.825) no primeiro grupo e 31,2% (n=30.403) no segundo, evidenciando maior incidência dessas formas, tidas como incomuns, em coinfectados.

Discussão/Conclusão: A coinfecção TB‐HIV mostrou incidência de 11%, maiores taxas de abandono, de óbito e de formas extrapulmonares. Tais estatísticas reforçam a importância do diagnóstico e tratamento precoce na melhora do prognóstico desses pacientes.

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