12° Congresso Paulista de Infectologia
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Introdução: A febre amarela é uma arbovirose produzida por um Flavivirus, família Flaviviridae, cujo ciclo de transmissão é urbano e o seu principal vetor é o Aedes aegypti. No seu ciclo silvestre, é uma zoonose transmitida no continente americano pelos vetores Haemagogus e Sabethes. Na sua forma grave, caracteriza‐se por lesão hepática relevante, apresentando manifestações de insuficiência hepática e renal que podem levar ao óbito. Como forma de prevenção, a vacinação é o melhor método. A doença é endêmica e enzoótica, em diversas regiões das Américas e da África, com a ocorrência de surtos periódicos. No Brasil, sua manifestação foi descrita principalmente na região amazônica, com surtos esporádicos fora dessa área. A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, febril, não contagiosa, de curta duração, com no máximo 12 dias, e de gravidade variável. As manifestações clínicas podem representar fases evolutivas da doença. A forma mais grave pode levar à morte, caracterizada pelas manifestações hepáticas e renais. Sua transmissão para o homem é através da picada de mosquito infectado possuir caráter sazonal, sendo mais frequente entre os meses de janeiro e abril, quando fatores ambientais propiciam o aumento da densidade vetorial.
Objetivo: Analisar acerca da prevalência de mortalidade por febre amarela nas diversas regiões do Brasil para o entendimento dessa patologia.
Metodologia: O estudo realizado foi uma pesquisa documental. Utilizou‐se os dados estatísticos, do banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do período de 2015 a 2018, utilizando os filtros febre amarela, região Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro‐Oeste.
Resultados: As regiões que apresentaram maiores incidências foram a região Sudeste, seguida da região Centro‐Oeste, dentro do período de 2015 a 2018. O número total de casos foram de 464. Dessa forma a porcentagem de óbitos representativa da região Sudeste foi de 93,96% do total de óbitos de todo o período. Na região Centro‐Oeste foi de 2,58%. O restante, correspondente a 3,46% representa as regiões Norte, Sul, Nordeste.
Discussão/Conclusão: Assim, de acordo com os resultados apresentados, conclui‐se que a maior incidência de casos é na região Sudeste, seguida da região Centro‐Oeste. Tal fato pode estar intimamente relacionado aos fatores de risco, e formas de prevenção. Com isso, faz‐se importante realizar educação em saúde para que possa orientar acerca da febre amarela.