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Vol. 25. Issue S1.
12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
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12° Congresso Paulista de Infectologia
(January 2021)
EP‐422
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PRÁTICAS PARA REDUZIR INFECÇÕES DO SÍTIO CIRÚRGICO ENTRE AS MULHERES SUBMETIDAS À CESARIANA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
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Beatriz Regis da Cunha
Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), Brasília, DF, Brasil
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12° Congresso Paulista de Infectologia

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Introdução: A infecção do sítio cirúrgico (ISC) após cesariana é um grande problema de saúde pública para as mulheres e para os serviços. Como tal cirurgia tem alto volume e a incidência estimada de ISC varia de 4% a 10%, a adoção de estratégias cirúrgicas e pericirúrgicas é de suma importância. Evidencia‐se, assim, a valia desse estudo para mitigar a incidência dessa problemática, a partir da explicitação de algumas dessas medidas.

Objetivo: Identificar um conjunto de estratégias perioperatórias e técnicas cirúrgicas que reduzam o risco de ISC após cesariana.

Metodologia: Trata‐se de uma revisão integrativa de outras revisões da literatura sobre as estratégias para evitar a ISC após cesariana; na base de dado PUBMED; entre os anos de 2015 e 2020; nos idiomas inglês, português e francês; utilizando os descritores “prevention”, “caesarean section” e “surgical site infections” com o operador booleano AND.

Resultados: No total, foram analisados 20 estudos que indicaram o uso de clorexidina para preparação abdominal, de solução de iodo‐povidone para a preparação vaginal e de antibióticos de amplo espectro (cefazolina com metronidazol, azitromicin ou gentamicina) antes do procedimento, assim como a redosagem do medicamento durante uma cirurgia longa (>3‐4 horas) ou com perda excessiva de sangue (>1500mL). Além disso, no intraoperatório, a realização de incisão de pele transversal baixa; a extração espontânea da placenta com tração suave do cordão umbilical e massagem uterina; o fechamento do espaço subcutâneo com tecido com mais de dois centímetros e o uso de sutura subcuticular foram aconselhados. No pós‐operatório, recomenda‐se a remoção do curativo incisional nas primeiras 24 horas; a interrupção dos antibióticos (exceto nos dois casos de complicações citados) e a solicitação do retorno da paciente depois de duas semanas do procedimento. Por fim, são contraindicados a irrigação intra‐abdominal durante o parto; a drenagem subcutânea; o suplemento de oxigênio; a remoção dos pelos suprapúbicos e a dilatação mecânica do colo.

Discussão/Conclusão: Portanto, como as estratégias perioperatórias e cirúrgicas não são adequadamente sintetizadas para os profissionais e podem não ser acessíveis, este artigo é útil para as equipes clínicas que buscam orientação sobre a redução do risco de ISC após cesariana, uma vez que as medidas foram explicitadas visando suprir suas necessidades e dúvidas. Com a aplicação correta desse pacote de controle de infecção, o excesso de custos da saúde reduzirá e a qualidade de vida materna melhorará.

The Brazilian Journal of Infectious Diseases
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